Mortalidade por Lúpus eritematoso sistêmico no Brasil de 2012 a 2021
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1396Palavras-chave:
Lúpus Eritematoso Sistêmico, Mortalidade, Multissistêmica, EpidemiológicoResumo
Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune, de padrão inflamatório, que afeta o tecido conjuntivo de forma multissistêmica e de caráter crônico. Sua etiologia ainda é desconhecida e caracterizada como multifatorial - dentre eles, a genética, a exposição a fatores ambientais, o contato com substâncias químicas, a ocorrência de infecções virais e fatores emocionais. Suas manifestações clínicas costumam cursar com períodos de variadas intensidades de acometimento, alternando entre momentos de exacerbação e de aquiescência, podendo afetar gravemente vários sistemas. Apesar dos dados registrados em trabalhos anteriores, a realização de estudos epidemiológicos para avaliação da incidência e da prevalência do lúpus no Brasil são escassos. Em virtude disto, esta pesquisa teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico da mortalidade por LES no Brasil , no período de 2012 a 2021. Métodos: Realizou-se estudo epidemiológico observacional, ecológico descritivo, utilizando dados secundários obtidos do Protocolo de Transferência de Arquivo do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do departamento de TI do Sistema Único de Saúde (Datasus), no período de 2012 a 2021, cujas variaveis utilizadas foram: idade, sexo, cor/raça e região brasileira de residência. Os dados foram tabulados no Software Microsoft Excel e resultados apresentados em gráficos e tabelas. Resultados: A coleta de dados demonstrou que um total de 9422 pessoas faleceram por LES no Brasil entre os anos selecionados, havendo uma pequena redução de 93 casos de 2018 para 2019. Observou-se também quanto ao sexo uma expressiva prevalência no sexo feminino (88,40%) em relação ao masculino (11,60%); quanto a cor/raça houve uma diferença infima entre a branca com 43,45% e a negra (soma dos pretos e pardos), com 52,05; em relação a idade, a maioria encontra-se entre 20 e 49 anos (56,85%); e em realação as regiões brasileiras, o maior número de obitos ocorreu no sudeste (41,80%) e nordeste (24,60%), seguidas pelas regiões sul (13,20%), norte (10,70%) e centro-oeste (9,70%). Conclusão: A partir dos resultados obtidos, é possível determinar um público alvo, para maior direcionamento de ações de cuidado, caracterizado por mulheres com idade variando entre 20 e 49 anos, independente de raça, bem como da importancia do cuidado multiprofissional e multissistêmico ao paciente com LES, tanto no diagnóstico precoce quanto no seguimento do tratamento e melhor condução das complicações que em geral levam ao obito os pacientes portadoras desta enfermidade.
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