Educação em saúde e suas Interfaces: entre uma construção antidialógica e a pedagogia libertadora

entre una construcción antidialógica y una pedagogía liberadora

Resumo

Introdução: diante da constante desumanização e inefetividade das práticas educativas em saúde, identifica-se a necessidade de enfrentar tais aspectos sob o ponto de vista da dialogicidade, permitindo um processo comunicativo horizontal e a real construção do saber Objetivo: discutir a formação sociohistórica da antidialogicidade no processo de educação em saúde, confrontando seus aspectos com as proposições pedagógicas da educação libertadora de Paulo Freire. Método: trata-se de um ensaio teórico reflexivo, cujo embasamento se deu a partir das concepções acerca da construção e do impacto do paradigma biomédico na saúde, somadas às compreensões pedagógicas de Paulo Freire e da produção literária recente que aproxima esses conceitos nas práticas empíricas de educação em saúde. Resultados e Discussão: o ensaio foi organizado a partir de três eixos temáticos, que analisaram os contornos da educação bancária a partir de sua construção sociohistórica e de suas manifestações atuais, para tanto, promoveu-se um contraponto a essa construção a partir de um processo reflexivo e interpretativo analisando-se a intersecção desse panorama com a teorização construída por Paulo Freire. Considerações Finais: identifica-se aspectos que podem ser adotados na âmbito da relação profissional-paciente a fim de se gere um contexto de múltiplos aprendizados, aberto aos conhecimentos de ambos os participantes, resultando em um processo educativo voltado à construção do saber frente a uma tendência de manutenção da opressão por meio de práticas autoritárias e assistencialistas, de modo a se efetivar a independência e a autonomia dos pacientes.