Um estudo das representações sociais entre pessoas em situação de rua no interior do nordeste
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.2118Palavras-chave:
covid-19, pandemia, situação de rua, vulnerabilidade social, representações sociaisResumo
Os diversos obstáculos vivenciados por populações em situação de rua (PRS) vão desde às questões básicas de higiene, chegando em âmbitos mais amplos como os direitos civis, estas configurações se apresentam como determinantes na experiência de precariedade e insegurança, durante a pandemia da COVID-19 essas vulnerabilidades ficaram ainda mais latentes. Nesse contexto, a abordagem teórico-metodológica das Representações Sociais (RS) revela-se pertinente para a compreensão de diferentes grupos e realidades, incluindo a PSR, impactadas pela COVID-19. Objetivou-se através desse trabalho apreender as representações sociais de pessoas em situação de rua acerca da COVID-19. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva utilizando dados transversais. Contou-se com a participação de 45 pessoas em situação de rua, com média de idade de 35 anos. Em sua maioria homens (84,8%), com Ensino Fundamental Incompleto (47,8%), solteiros (47,8%) e com tempo em situação de rua de até 1 ano (29%). Como instrumentos para coleta de dados utilizou-se: I) Questionário Sociodemográfico (QS); II) Teste de Associação Livre de Palavras (TALP), utilizando o termo indutor “COVID-19”. Os dados foram analisados a partir dos softwares IBM SPSS 25.0 para o I e IRaMuTeQ versão 0.7 alpha 2 para o II. Os resultados demonstraram que as representações sociais dessa população se basearam na compreensão da COVID-19 como uma doença que causou mortes e destruição, esclarecimentos das medidas de segurança diante do vírus, sentimentos negativos relacionados as perdas e impactos, além da ancoragem na religião como estratégia de enfrentamento. Portanto, o objetivo do estudo foi alcançado levando em consideração a percepção dos participantes quanto as RS sobre a COVID-19, espera-se contribuir para novas pesquisas que vislumbrem essa população, políticas públicas que contemplem suas necessidades específicas e cuidados em saúde diante de futuras possíveis crises sanitárias.
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