Graças a Deus é segunda feira: a felicidade à caminho do trabalho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v5i11.385

Palavras-chave:

psicologia; psicologia positiva; felicidade; bem-estar; felicidade no trabalho.

Resumo

A felicidade no trabalho tem sido relacionada a resultados positivos associados à saúde mental e à produtividade. Os estudos acerca do tema ainda estão em expansão. Contudo, necessitam de mais confluência e concordância.  Nessa pesquisa exploramos as percepções sobre vivências de felicidade no trabalho de servidores públicos de uma instituição de ensino superior pública. A pesquisa qualitativa utilizou a entrevista semiestruturada que foi aplicada em doze servidores. A análise de dados foi realizada pelo Software Iramuteq, por meio da Classificação Hierárquica Descendente e Análise Fatorial por Correspondência. Os resultados identificaram que os participantes perceberam a felicidade no trabalho através de quatro pilares principais: condições físicas e de segurança no ambiente de trabalho, relacionamento interpessoal no trabalho, relevância atribuída à natureza do trabalho, e identidade profissional. Concluiu-se que os significados conferidos ao trabalho por parte de quem o realiza são decisivos para a desenvolvimento de sentimentos recorrentes de felicidade no trabalho

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Poliana Gonçalves Ferreira, Universidade Católica de Brasília, UCB, DF, Brasil

mceclip0.png Possui graduação em Psicologia pela Universidade da Amazônia (2009). Especialização em Psicopatologia e Psicodiagnóstico pela Universidade Católica de Brasília (UCB) concluído em 2010 e MBA em Gestão de Recursos Humanos pela Escola de Administração e Negócios (ESAD) concluído em 2010. Mestrado em Psicologia da Universidade Católica de Brasília (UCB) com Bolsa Capes. Doutoranda em Psicologia pelo Programa Scricto Sensu de Pós-Graduação da Universidade Católica de Brasília (UCB) com Bolsa Capes.

Cláudia Cristina Fukuda, Universidade Católica de Brasília, UCB, DF, Brasil

mceclip1.png Doutora em Psicologia pela Universidade de Brasília (2003). Tem graduação em Psicologia (1992), especialização em Psicometria (1995), mestrado em Psicologia Social e do Trabalho (1997) pela Universidade de Brasília e pós-doutorado em Psicologia Social pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal (2018). É professora do curso de Graduação em Psicologia e do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade Católica de Brasília, linhas de Pesquisa Desenvolvimento Humano em Sistemas Familiares e Educacionais e Cultura Contemporânea e Relações Humanas. Temas de maior interesse são fundamentos e medidas em Psicologia, Psicologia Positiva, desenvolvimento humano e inclusão social.

Referências

Albuquerque, A. S., & Tróccoli, B. T. (2004). Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(2), 153–164. https://doi.org/10.1590/S0102-37722004000200008

Aristóteles. (2017). Ética a Nicómaco (2nd ed.). São Paulo: Editora Forense.

Asfora, S. C., & Dias, S. M. R. C. (2006). Modelo de qualidade de vida no trabalho para Polícia Militar de Pernambuco. REAd-Revista Eletrônica de Administração, 12(1), 89–114. https://www.redalyc.org/pdf/4011/401137450006.pdf

Bendassolli, P. F. (2007). Felicidade e trabalho. Gv Executivo, 6(4), 57–61. https://doi.org/10.12660/gvexec.v6n4.2007.34637

Brea, G. (2009). Amizade e comunicação: aproximações entre Karl Jaspers e Aristóteles. Archai, 3, 69–79. https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/8148/1/ARTIGO_AmizadeComunicacao.pdf.

Câmara, R. H. (2013). Análise de conteúdo: da teoria à prática em pesquisas sociais aplicadas às organizações. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 6(2), 179–191. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202013000200003.

Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2015). Tutorial para uso do software de análise textual Iramuteq. Florianópolis. http://www.iramuteq.org/documentation/fichiers/tutoriel-en-portugais.

Carvalho, C. S. (2010). O consumo e a representação da felicidade em 40 anos de propaganda brasileira (Universidade Federal de Goiás). Universidade Federal de Goiás, Goiânia. https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tde/1396/1/Dissert Camila da S Carvalho.pdf.

Carvalho, M. B., Gonçalves, C. A., & Pardini, D. J. (2010). A felicidade em foco-mensurando conceito metafísico para estratégia governamental e recomendações organizacionais. Revista de Administração Da Universidade Federal de Santa Maria, 3(2), 269–287. https://www.redalyc.org/pdf/2734/273420396009.pdf.

Considine, G., & Callus, R. (2002). The Quality of Work Life of Australian Employees–the development of an index (No. 73). Sidney: Australian Centre for Industrial Relations Research and Teaching. http://hdl.handle.net/2123/13404

Contreras, F., & Esguerra, G. (2006). Psicología positiva: una nueva perspectiva en psicología. Diversitas, 2(2), 311–319. https://doi.org/10.15332/s1794-9998.2006.0002.10.

Corbi, R. B., & Menezes Filho, N. A. (2006). Os determinantes empíricos da felicidade no Brasil. Revista de Economia Política, 26(4), 518–536. https://centrodeeconomiapolitica.org.br/repojs/index.php/journal/article/view/613.

Deci, E. L., & Ryan, R. M. (2008). Facilitating optimal motivation and psychological well-being across life’s domains. Canadian Psychology Psychologie Canadienne, 49(1), 14–23. https://doi.org/10.1037/0708-5591.49.3.262.

Delle Fave, A., Brdar, I., Freire, T., Vella-Brodrick, D., & Wissing, M. P. (2011). The eudaimonic and hedonic components of happiness: Qualitative and quantitative findings. Social Indicators Research, 100(2), 185–207.

zhttps://link.springer.com/article/10.1007/s11205-010-9632-5.

Diener, E. (1984). Subjective well-being. Psychological Bulletin, 95(3), 542–575. https://doi.org/10.1007/978-90-481-2350-62.

Diener, E. (1995). A value based index for measuring national quality of life. Social Indicators Research, 36(2), 107–127. https://link.springer.com/article/10.1007/BF0107972.

Diener, E. (2000). Subjective well-being: The science of happiness and a proposal for a national index. American Psychologist, 55(1), 34–43.

https://doi.org/10.1037/0003-066X.55.1.34

Farsen, T. C., Boehs, S. T., Ribeiro, A. D., Biavati, V. P., & Silva, N. (2018). Qualidade de vida, Bem-estar e Felicidade no Trabalho: sinônimos ou conceitos que se diferenciam? Interação Em Psicologia, 22(1), 31–41.

https://doi.org/10.5380/psi.v22i1.48288.

Fisher, C. D. (2010). Happiness at work. International Journal of Management Reviews, 12(4), 384–412. https://doi.org/10.1111/j.1468-2370.2009.00270.x

Grillo, M. C., Freitas, A. L., & Gessinger, R. M. (2008). A gestão da aula universitária na PUCRS (1st ed.; V. M. R. Lima, Ed.). Porto Alegre: EdiPUCRS.

Leite Filho, C. A., & Almeida, S. T. (2005). Qualidade de vida no trabalho: Uma análise da percepção dos servidores da FUNASA/PB. Anais Do XII Simpósio de Engenharia de Produção. Bauru: Unesp. https://simpep.feb.unesp.br/anais_simpep_aux.php?e=12

Lima, V. M. R., & Ramos, M. G. (2017). Percepções de interdisciplinaridade de professores de Ciências e Matemática: um exercício de Análise Textual Discursiva. Revista Lusófona de Educação, 36 (36), 163–177. https://revistas.ulusofona.pt/index.php/rleducacao/article/view/5997

Luthans, F., & Jensen, S. M. (2002). Hope: A new positive strength for human resource development. Human Resource Development Review, 1(3), 304–322. https://doi.org/10.1177/1534484302013003.

Lyubomirsky, S. (2001). Why are some people happier than others? The role of cognitive and motivational processes in well-being. American Psychologist, 56(3), 239–249. https://doi.org/10.1037/0003-066X.56.3.239.

Lyubomirsky, S., King, L., & Diener, E. (2005). The benefits of frequent positive affect: Does happiness lead to success? Psychological Bulletin, 131(6), 803. https://doi.org/10.1037/0033-2909.131.6.803.

Lyubomirsky, S., & Ross, L. (1997). Hedonic consequences of social comparison: a contrast of happy and unhappy people. Journal of Personality and Social Psychology, 73(6), 1141–1157. https://doi.org/10.1037/0022-3514.73.6.1141.

Marujo, H. Á., Miguel, L., N., Caetano, A., & Rivero, C. (2007). Revolução positiva: Psicologia positiva e práticas apreciativas em contextos organizacionais. Comportamento Organizacional e Gestão, 13(1), 115–136. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0872-96622007000100007&script=sci_arttext&tlng=es

Matos, F. G. (2001). Empresa com alma. São Paulo: Makron.

Mendes, A. M. (2006). Escuta e ressignificação do sofrimento: o uso de entrevista e análise categorial nas pesquisas em clínica do trabalho. II Congresso de Psicologia Organizacional e Do Trabalho, 9–22. Brasília.

Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2006). Análise textual discursiva: processo reconstrutivo de múltiplas faces. Ciência & Educação, 12(1), 117–128. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-73132006000100009&script=sci_arttext

Morgeson, F. P., & Humphrey, S. E. (2006). The Work Design Questionnaire (WDQ): developing and validating a comprehensive measure for assessing job design and the nature of work. Journal of Applied Psychology, 91(6), 1321. https://doi.org/10.1037/0021-9010.91.6.1321.

Oldham, G. R., Hackman, J. R., & Pearce, J. L. (1976). Conditions under which employees respond positively to enriched work. Journal of Applied Psychology, 61(4), 395. https://doi.org/https://doi.org/10.1037/0021-9010.61.4.395.

Omais, S. (2018). Manual de psicologia positiva: tudo o que você precisa saber sobre o movimento que vem mudando a forma de olhar o ser humano, despertando o melhor das pessoas e unindo: ciência, felicidade e bem-estar (1st ed.). Rio de Janeiro: Qualitymark.

Paschoal, T., & Tamayo, A. (2008). Construção e validação da escala de bem-estar no trabalho. Avaliação Psicológica, 7(1), 11–22. https://www.redalyc.org/pdf/3350/335027183004.pdf

Paschoal, T., Torres, C. V., & Porto, J. B. (2010). Felicidade no trabalho: relações com suporte organizacional e suporte social. Revista de Administração Contemporânea, 14(6), 1054–1072. https://doi.org/10.1590/S1415-65552010000700005.

Pizzoli, L. M. L. (2005). Qualidade de vida no trabalho: um estudo de caso das enfermeiras do Hospital Heliópolis. Ciência & Saúde Coletiva, 10, 1055–1062. https://www.scielosp.org/article/csc/2005.v10n4/1055-1062/.

Rosa, F. H., & Hutz, C. S. (2008). Psicologia positiva em ambientes militares: bem-estar subjetivo entre cadetes do Exército Brasileiro. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 60(2), 158–171. https://www.redalyc.org/pdf/2290/229017549014.pdf

Ryan, R. M., & Deci, E. L. (2001). On happiness and human potentials: A review of research on hedonic and eudaimonic well-being. Annual Review of Psychology, 52(1), 141–166. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.52.1.141

Saks, A. M., & Gruman, J. A. (2014). What do we really know about employee engagement? Human Resource Development Quarterly, 25(2), 155–182. https://doi.org/10.1002/hrdq.21187.

Sant’anna, L. L., Paschoal, T., & Gosendo, E. E. M. (2012). Bem-estar no trabalho: relações com estilos de liderança e suporte para ascensão, promoção e salários. Revista de Administração Contemporânea, 16(5), 744–764. https://doi.org/10.1590/S1415-65552012000500007.

Santos, G. B., & Ceballos, A. G. C. (2013). Bem-estar no trabalho: estudo de revisão. Psicologia Em Estudo, 18(2), 247–255. https://doi.org/10.1590/S1413-73722013000200006.

Seligman, M. E. P. (2019). Felicidade autêntica (2nd ed.). Rio de Janeiro: Editora Objetiva.

Seligman, M. E. P., Steen, T. A., Park, N., & Peterson, C. (2005). Positive psychology progress: empirical validation of interventions. American Psychologist, 60(5), 410–421. https://doi.org/10.1037/0003-066X.60.5.410

Silva, N., Boehs, S. T. M., & Cugnier, J. S. (2017). Psicologia positiva: aplicada às organizações e ao trabalho. In Psicologia Positiva nas organizações de trabalho: conceitos fundamentais e sentidos aplicados (pp. 42–60). São Paulo: Vetor Editora.

Silva, N., & Tolfo, S. R. (2012). Trabalho significativo e felicidade humana: explorando aproximações. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 12(3), 341–354. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572012000300008

Siqueira, M. M. M., & Padovam, V. A. R. (2008). Bases teóricas de bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico e bem-estar no trabalho. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 24(2), 201–209. https://doi.org/10.1590/S0102-37722008000200010

Sousa, J. M., & Porto, J. B. (2015). Happiness at work: Organizational values and person-organization fit impact. Paidéia (Ribeirão Preto), 25(61), 211–220. https://doi.org/10.1590/1982-43272561201509

Traldi, M. T. F., & Demo, G. (2012). Comprometimento, bem-estar e satisfação dos professores de administração de uma universidade federal. Revista Eletrônica de Administração.Revista Eletrônica de Administração, 18(2), 290–316. https://doi.org/10.1590/S1413-23112012000200001

Warr, P. B. (1987). Work, unemployment, and mental health. Oxford: Oxford University Press.

Warr, P. B. (2007a). Searching for happiness at work. Psychologist - Leicester, 20(12), 726–729.

https://www.researchgate.net/publication/283915827_Searching_for_happiness_at_work.

Warr, P. B. (2007b). Work, happiness and unhappiness. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

Waterman, A. S. (2008). Reconsidering happiness: A eudaimonist’s perspective. The Journal of Positive Psychology, 3(4), 234–252. https://doi.org/10.1080/17439760802303002.

Waterman, A. S., Schwartz, S. J., & Conti, R. (2008). The implications of two conceptions of happiness (hedonic enjoyment and eudaimonia) for the understanding of intrinsic motivation. Journal of Happiness Studies, 9(1), 41–79. https://doi.org/10.1007/s10902-006-9020-7.

Wilson, M. G., Dejoy, D. M., Vandenberg, R. J., Richardson, H. A., & Mcgrath, A. L. (2004). Work characteristics and employee health and well‐being: Test of a model of healthy work organization. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 77(4), 565–588. https://doi.org/10.1348/0963179042596522.

Youssef‐Morgan, C. M., & Luthans, F. (2015). Psychological capital and well‐being. Stress and Health, 31(3), 180–188. https://doi.org/10.1002/smi.2623.

Downloads

Publicado

2022-10-18

Como Citar

FERREIRA, P. G. .; FUKUDA, C. C. Graças a Deus é segunda feira: a felicidade à caminho do trabalho. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 5, n. 11, p. 195–212, 2022. DOI: 10.55892/jrg.v5i11.385. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/385. Acesso em: 24 abr. 2024.

ARK