Um estudo epidemiológico sobre a qualidade de vida em adultos com HIV/Aids no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.7217521Palavras-chave:
HIV/aids. Qualidade de Vida. Brasil. Adulto.Resumo
O presente estudo teve como objetivo geral analisar as principais formas de transmissão do HIV entre os adultos no Brasil, bem como a forma com que essa enfermidade impacta em sua qualidade de vida. Trata-se de revisão integrativa com análise descritiva sobre a epidemiologia e a qualidade de vida dos adultos vivendo com HIV/AIDS no Brasil. Foi adotado como referencial teórico-metodológico a análise de artigos das principais plataformas de artigos científicos, selecionando 16 estudos para a revisão integrativa. O estudo evidenciou que atualmente 38,4 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV, das quais 1,5 milhão se tornou recém-infectadas por HIV somente no ano de 2021. Os dados fornecidos pelo DataSus ainda mostram que 84,2 milhões de pessoas foram infectadas por HIV desde o início da epidemia, e 40,1 milhões de pessoas morreram por doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia. Em relação à qualidade de vida, os estudos revelam que, nos últimos anos, houve um aumento no índice de esperança de vida, mediante a evolução dos marcadores biológicos e avanço da TARV, melhorando significativamente o conceito de qualidade de vida para essa população. Os avanços tecnológicos vêm conquistando por gerações, no enfrentamento da epidemia de HIV/ Aids, o aumento da expectativa de vida e da qualidade de vida, obtendo grande potencial de acabar com os casos epidêmicos. Conclui-se que as representações sociais acerca da qualidade de vida dos portadores de HIV/Aids sofrem diretamente influências de diversos aspectos relacionados ao processo de viver com uma doença crônica, desencadeando julgamentos morais, advindos desde o início da epidemia por representações pré-definidas sobre o HIV/Aids, implicando diretamente nas mudanças das relações interpessoais, intersociais e profissionais.
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