Fatores que contribuem para o aumento do tempo de permanência na clínica médica de um hospital público

Resumo

Objetivo: Identificar os fatores que contribuem para o aumento do tempo de permanência na Unidade de Clínica Médica de um hospital público do Distrito Federal. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo e quantitativo, que analisou prontuários de pacientes com período de internação ≥ 7 dias. Para coleta de dados, foi utilizado formulário específico com o objetivo de registrar informações relacionadas a indicadores sociodemográficos e epidemiológicos. Para a análise dos dados, utilizou-se de estatística descritiva, sendo que para o tratamento dos dados, as frequências absolutas e relativas foram aplicadas. Resultados: Foram analisados 368 prontuários, evidenciando que houve maior utilização de leitos hospitalares por indivíduos do sexo masculino (54,89%), com média de idade de 61,83 anos (DP: 17,55), com idade mínima de 19 anos e máxima de 99 anos, residentes em Sobradinho - DF (58,15%). Os principais fatores que contribuíram para o aumento do tempo de permanência hospitalar foram: a espera pela realização de exames, a espera para finalização do tempo de antibioticoterapia, compensação clínica e espera por pareceres de outras especialidades. Evidenciou-se que 31,79% dos pacientes permaneceram internados até 10 dias, 19,83% de 11-15 dias e 48,36% com tempo de internação maior que 15 dias. Destes, 48% dos pacientes internados no período pesquisado ocuparam o leito por 15 dias. A média do tempo de internação no serviço de saúde no período pesquisado foi de 20,21 dias (DP: 17,21). Conclusão: Verificou-se que o atraso na desospitalização é multifatorial e evitável se estratégias adequadas forem implementadas em prazo adequado. Espera-se que este estudo possa contribuir para o planejamento de ações que visem dar respostas rápidas às necessidades dos usuários e do serviço, otimizando o processo de internação e de alta e reduzindo o tempo de permanência.