TRANSTORNO ALIMENTAR E OBJETIFICAÇÃO FEMININA: UM RESULTADO DAS RELAÇÕES DE PODER?
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.3992831Palavras-chave:
Transtorno alimentar. Objetificação feminina. Relações de poder. Patriarcado. Gestalt-terapia.Resumo
A objetificação do corpo feminino é um conceito que tem ganhado cada vez mais visibilidade nas discussões sobre o machismo, sendo um conceito que se refere à banalização da imagem das mulheres, de maneira que a aparência é colocada em evidência em detrimento de todos os atributos que as definem enquanto seres humanos, levando à imposição de padrões sobre como devem aparentar e agir. Este estudo aborda diferentes concepções a respeito do corpo feminino e da subjetividade das mulheres sob a ótica do patriarcado, buscando discutir sobre as relações entre a cultura patriarcal,os papéis de gênero e o sistema de dominação, para compreender os termos pelos quais atravessam a saúde mental e corporal das mulheres. Dessa forma, este estudo procurou identificar e caracterizar a objetificação feminina por meio da literatura feminista e investigar os efeitos da objetificação sobre a autopercepção corporal de mulheres que desenvolveram transtornos alimentares, trazendo luz sobre a contribuição da Gestalt-terapia no processo de emancipação feminino. Considerando que muitas mulheres não se veem bonitas, cumpre destacar a contribuição do estudo para a Psicologia no que diz respeito à possibilidade de esta ciência proporcionar às mulheres a percepção de novas formas de existir, libertando-as do sofrimento psíquico que as relações de poder e de domínio podem causar. Vale destacar a importância de os demais profissionais, não somente das áreas da saúde, estarem atentos aos perigos da imposição dos padrões de beleza, a fim de contribuírem para intervenções saudáveis e positivas junto às mulheres.
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