Lugar de criança? Visitas de menores de idade a adultos em unidades de terapia intensiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.7753234

Palavras-chave:

unidades de terapia intensiva, visitas a pacientes, criança, relações profissional-família, humanização da assistência

Resumo

Ter um familiar hospitalizado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um evento com potencial para ser traumático para crianças, que podem ter dificuldades para compreender o que está acontecendo e lidar com os sentimentos e preocupações decorrentes. A visitação de crianças a UTIs de adultos é um tema complexo, havendo preocupações sobre como a visita pode afetar seu o bem-estar físico e emocional e se os profissionais de saúde estão preparados para lidar com a situação. O objetivo desta revisão sistemática é apresentar a literatura dos últimos 10 anos sobre o tema, destacando as percepções dos envolvidos e os desafios encontrados. Foram realizadas buscas nas bases de dados Scopus, SciELO, PubMED, LILACS e MEDLINE por artigos originais escritos em português ou inglês e publicados entre 2012 e 2022. Após o processo de triagem, foram identificados 10 estudos que atenderam aos critérios de elegibilidade. A partir deles, foi construído um quadro com a sumarização dos principais dados de cada artigo e realizada uma Análise Temática para a integração e interpretação das informações. Os principais resultados apontam que profissionais de saúde restringem as visitas de crianças às UTIs adultas baseando seus argumentos em crenças pessoais e não em evidências científicas. Familiares de pacientes internados em UTI relataram prejuízos na saúde mental das crianças ao serem impedidas de encontrar o parente enfermo. Um livro preparatório para as visitas foi bem avaliado pelos familiares e profissionais. Quanto à percepção das próprias crianças, foi identificado que apesar de possível tensão e medo aflorados pelas visitas, elas também trazem sentimentos positivos e alívio do sofrimento. Este estudo destaca o potencial benéfico das visitas infantis às UTIs de adultos, a necessidade de desenvolver mais recursos e de fornecer às crianças preparações e acompanhamentos adequados.

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Biografia do Autor

Mariana Cristina Rodrigues de Abreu, Escola Superior de Ciências da Saúde

Psicóloga, bacharela e licenciada em Psicologia pela Universidade de Brasília. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção ao Câncer (PRMAC), da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

Sílvia Maria Gonçalves Coutinho, Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, DF, Brasil

Psicóloga graduada pela Universidade de Brasília. Mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília na área de Saúde e Desenvolvimento Humano no Contexto Sócio-cultural. Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia de Desenvolvimento e Saúde da Universidade de Brasília. Atua como psicóloga da saúde na Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), na área de Cuidados Paliativos.

Renata Costa Fortes, Escola Superior de Ciências da Saúde

Realizou pós-doutorado em Psicologia. Doutora e Mestra em Nutrição Humana pelo Curso de Pós-Graduação em Nutrição Humana da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. Coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção ao Câncer da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.

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Publicado

2023-03-20

Como Citar

ABREU, M. C. R. de; COUTINHO, S. M. G.; FORTES, R. C. Lugar de criança? Visitas de menores de idade a adultos em unidades de terapia intensiva. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 6, n. 12, p. 276–295, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.7753234. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/515. Acesso em: 21 nov. 2024.

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