Preferência de nidificação primária, secundária e terciária da abelha uruçu (Melipona scutellaris Latreille, 1811) em colmeias octogonais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v6i13.814

Palavras-chave:

Abelhas sem-ferrão, Meliponíneos, Orientação Magnética

Resumo

Nos últimos anos, pesquisas desenvolvidas no nordeste brasileiro têm investigado a influência magnética nos hábitos de nidificação de abelhas em relação aos pontos cardeais e colaterais. A abelha uruçu (Melipona scutellaris) nativa e amplamente encontrada no estado da Paraíba, exibe hábitos de nidificação distintos, tornando pertinente a investigação de suas preferências em colmeias octogonais. Este estudo teve como objetivo identificar as preferências de nidificação primária, secundária e terciária de M. scutellaris em colmeias octogonais. O experimento ocorreu no Viveiro de Produção de Mudas (VPM), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), localizado em Bananeiras, PB. Foram utilizadas 10 colmeias octogonais, cada uma com 8 orificios representando os pontos cardeais (N, S, L e O) e colaterais (NE, SE, SO e NO). Distribuídas no VPM com espaçamento de 2,0 m, as abelhas uruçu foram monitoradas quanto ao fechamento dos orificios em três momentos diários (08h, 12h e 16h) de 11 de junho a 27 de julho de 2023. A análise dos dados foi realizada utilizando estatística descritiva com gráficos de barras e gráficos de radar. Os resultados demonstram que, entre todos os orificios abertos nas dez colmeias as direções Sul (S) e Sudeste (SE) foram prediletas das M. scutellaris, ambas com 10 escolhas, seguidas pelo Leste com 8 escolhas, e Sudoeste com 2. Notou-se um padrão similar entre escolhas secundárias e terciárias quando comparadas Às primárias no mesmo ângulo. Além disso, o tempo de escolha foi mais extenso para as nidificações primárias e reduzido para secundárias e terciárias, indicando a preferência das abelhas próximos ao prinário. A maior rejeição dos orificios foi observada no período da tarde, coincidindo com a segunda e terceira observações diárias. Concluí-se que as abelhas Melipona scutellaris, instaladas em colmeias octogonais, em Bananeiras-PB, possuem preferência de nidificação primária para o Sudeste (SE), secundária para o Sul (S) e terciária Leste (L).

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Biografia do Autor

Teotônio Lucas Sabino Fernandes, Universidade Federal da Paraíba

[Lattes] - Mestre em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Paraíba.

Italo de Souza Aquino, Universidade Federal da Paraíba

[Lattes] - Docente do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias, Universidade Federal da Paraíba.

Aleff Santos Silva, Universidade Federal da Paraíba

[Lattes] - Graduando em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Paraíba.

João Victor Barrêto Araujo, Universidade Federal da Paraíba

[Lattes] - Graduando em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Paraíba.

Alex da Silva Barbosa, Universidade Federal da Paraíba

[Lattes] - Docente do Centro de Ciências Humanas. Sociais e Agrárias, Universidade Federal da Paraíba.

Péricles de Farias Borges, Universidade Federal da Paraíba

[Lattes] - Docente do Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba.

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Publicado

2023-12-04

Como Citar

FERNANDES, T. L. S.; AQUINO, I. de S.; SILVA, A. S.; ARAUJO, J. V. B.; BARBOSA, A. da S.; BORGES, P. de F. Preferência de nidificação primária, secundária e terciária da abelha uruçu (Melipona scutellaris Latreille, 1811) em colmeias octogonais . Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 6, n. 13, p. 2211–2225, 2023. DOI: 10.55892/jrg.v6i13.814. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/814. Acesso em: 21 nov. 2024.

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