Efeitos da distração cognitiva sobre os sintomas de ansiedade de pacientes em uma unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v7i14.908Palavras-chave:
Ansiedade, Distração cognitiva, Abordagem cognitivo-comportamental, Unidade de Terapia Intensiva-UTIResumo
Uma internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode impactar a saúde mental dos pacientes, sendo alterações psicológicas comuns neste contexto, incluindo elevados índices de ansiedade, o que remete a relevância de estratégias de intervenção. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da distração cognitiva sobre a ansiedade de pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O delineamento da pesquisa foi quase-experimental, sendo um ensaio clínico não randomizado. Participaram 21 pacientes conscientes internados em uma UTI pública do Distrito Federal-DF. Os instrumentos utilizados na investigação incluíram: 1) entrevista inicial, abordando o diagnóstico atual, antecedentes clínicos pessoais e avaliação do estado mental do paciente; 2) questionário complementar pré-intervenção, por meio do qual foi realizada avaliação da ansiedade e; 3) questionário complementar pós-intervenção. Com relação aos resultados foi observado moderado nível de ansiedade dos pacientes antes da realização de qualquer intervenção (Md = 8, em uma escala de 0-10, onde 0 = sem ansiedade e 10 = intensa ansiedade). Após a aplicação da distração cognitiva, houve redução estatisticamente significativa importante dos escores de ansiedade (Md = 5), conforme o teste dos postos de sinais de Wilcoxon (z = -3,72, p< 0,001), sugerindo a efetividade da proposta de intervenção empregada. Assim, destaca-se a importância de estratégias não farmacológicas, tais como a distração cognitiva, como um recurso a ser utilizado no contexto de UTIs para promoção da humanização e saúde mental dos pacientes.
Downloads
Referências
American PsychiatricAssociation et al. (2014). DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora
Barbosa, Taís Pagliuco et al. (2018). Associação entre sedação e eventos adversos em pacientes de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem, v. 31, p. 194-200.
Beck, J. S.(2013).Terapia cognitivo-comportamental. Artmed Editora.
Carvalho, I. G., Bertolli, E. D. S., Paiva, L., Rossi, L. A., Dantas, R. A. S., & Pompeo, D. (2016). A ansiedad, depresión, resiliencia y autoestima en individuos con enfermedades cardiovasculares. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 24.
De Araújo Gomes, M. J., da Silva Oliveira, A. B., Pereira, A. C. P., de Menezes, A. G. G., de Brito, B. F.,de Figueiredo, B. Q., & Peixoto, S. R. (2022). Repercussões psicológicas a longo prazo após alta da terapia intensiva: uma revisão narrativa de literatura. Research, SocietyandDevelopment, 11(8), e41411831362-e41411831362.
Godoy, D. V. D., Godoy, R. F. D., Becker Júnior, B., Vaccari, P. F., Michelli, M., Teixeira, P. J. Z., & Palombini, B. C. (2005).O efeito da assistência psicológica em um programa de reabilitação pulmonar para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 31, 499-505.
Gullich, Inês et al. (2013). Prevalência de ansiedade em pacientes internados num hospital universitário do sul do Brasil e fatores associados. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 16, p. 644-657.
Pereira, F. M.; Penido, M. A.(2010).Aplicabilidade teórico-prática da terapia cognitivo comportamental na psicologia hospitalar. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, v. 6, n. 2, p. 189-220.
Peron, N. B., & Sartes, L. M. A. (2015).Terapia cognitivo-comportamental no hospital geral: revisão da literatura brasileira. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 11(1), 42-49.
Porto, Patrícia et al. (2008).Evidências científicas das neurociências para a terapia cognitivo-comportamental. Paidéia (Ribeirão Preto), v. 18, p. 485-494.
Silva, J. D. D. S., Almeida, V. C. D., & Corrêa, E. A. (2023). O Mundo Privado na UTI: Análise da Internação de Pacientes Oncológicos. Psicologia: Ciência e Profissão, 43, e255152.
Souza, N. R. (2019).Ludicidade do adulto: Como recursos lúdicos podem ser utilizados para o auxílio nos processos de enfrentamento em casos de transtorno de ansiedade e depressão.Psicologia. pt
Teixeira Coelho, A. V., Simões Hamad Farias do Couto, M. H., Cristine Brito e Silva, S. ., Corpes Oliveira França, I. ., de Almeida Nonato, E. ., & Costa Souza, D. (2022).Religião e espiritualidade em idosos internados em hospital religioso em Belém. Concilium, 22(1), 317–327. https://doi.org/10.53660/CLM-140-160.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
ARK
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.