Um olhar sobre os impactos emocionais nos pacientes acometidos por lesão medular traumática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v7i14.917

Palavras-chave:

Lesão medular traumática, Impactos emocionais, Estratégias de enfrentamento, Reabilitação, Equipe multidisciplinar

Resumo

Introdução: A lesão medular traumática (LMT) é uma condição complexa que pode resultar em várias comorbidades e causar impactos emocionais significativos. Além dos desafios físicos, os indivíduos com LMT frequentemente enfrentam dificuldades psicológicas, requerendo um ajuste para lidar com as mudanças em suas vidas. O enfrentamento da situação é uma jornada única para cada pessoa, envolvendo diferentes formas de adaptação. Objetivo: Investigar os impactos emocionais vivenciados por indivíduos com LMT, observando as etapas experienciadas pelos indivíduos. Método: com o intuito de investigar essas implicações, foi utilizado uma abordagem qualitativa exploratória, por meio da análise de discurso de Bardin. A amostra consistiu em dez relatos de pessoas com LMT, abrangendo diferentes idades e gêneros. Este artigo científico teve como enfoque a análise de materiais publicados na plataforma de vídeos YouTube, que expressaram a percepção de indivíduos acometidos por LMT. Considerações finais: A análise da nossa amostra revelou que a maioria das LM foram causadas por acidentes automobilístico, queda, e ferimento por arma de fogo, resultando em tetraplegia ou paraplegia. Os relatos também evidenciaram que os indivíduos enfrentaram uma variedade de emoções, incluindo tristeza, medo, ansiedade e desespero diante da incerteza sobre a sua condição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ellen Lemes Amancio, Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde, Fepecs, DF, Brasil

[Lattes]
Graduanda em residência multiprofissional em saúde do adulto e idoso pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde –FEPECS.

Caetano Cavalcanti Bandeira de Melo Neto, Centro Universitário IESB- DF, Brasil

[Lattes]
Graduado em psicologia pelo Instituto de Educação Superior de Brasília, IESB, Brasil.

Lurdeci de Souza Silva, Universidade Paulista

[Lattes]
Graduada em psicologia pela Universidade Paulista, UNIP, Brasil. 

Aline Hisako Vicente Hidaka, Universidade de Brasília

[Lattes]
Graduada em psicologia, mestrado no Tratamento comportamental de crianças com obesidade ou sobrepeso, UNB, Brasil.

Pedro Henrique Mourão Silva, Universidade Paulista

[Lattes]
Graduado em psicologia pela Universidade Paulista, Especialização em Políticas Públicas e Gestão Participativas em Saúde, UNB, Brasil.

Referências

Cruz, L. G., Machado, C. S., & Afiúne, F. G. (2021). Os aspectos emocionais do lesado medular frente ao seu diagnóstico. Revista Científica da Escola Estadual de Saúde Pública de Goiás “Cândido Santiago”. https://doi.org/10.22491/2447-3405.2021.V7.7000042

Pizetta, G. R., Maçaneiro, C. H., Lauffer, R. F., Miyamoto, R. K., Ferreira, A. P. B., & Santos, R. A. A. D. (2020). Epidemiological analysis of spinal cord injury in the city of joinville(Sc). Coluna/Columna, 19(1), 48–51. https://doi.org/10.1590/s1808-185120201901223272

Lemos, F. H. G., Pinto, I. M. B. S., & Santa Rita, L. P. (2019). Políticas públicas de redução dos acidentes de trânsito: Análise multivariada na br-101 em alagoas. Revista de Políticas Públicas, 23(1), 191. https://doi.org/10.18764/2178-2865.v23n1p191-211

Nunes, D. M., Morais, C. R., & Ferreira, C. G. (2017). Fisiopatologia da lesão medular: Uma revisão sobre os aspectos evolutivos da doença. Revista GeTeC, 6(13). https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/getec/article/view/1030

Budd, M. A., Gater, D. R., & Channell, I. (2022). Psychosocial consequences of spinal cord injury: A narrative review. Journal of Personalized Medicine, 12(7), 1178. https://doi.org/10.3390/jpm12071178

Andrade Paiva Morero, J., Rodrigues Bragagnollo, G., & Signorini Santos, M. T. (2018). Estratégias de enfrentamento: Uma revisão sistemática sobre instrumentos de avaliação no contexto brasileiro. Revista Cuidarte, 9(2), 2257–2268. https://doi.org/10.15649/cuidarte.v9i2.503

Pereira, M. E. M. D. S. M., & Araujo, T. C. C. F. D. (2005). Estratégias de enfrentamento na reabilitação do traumatismo raquimedular. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 63(2b), 502–507. https://doi.org/10.1590/S0004-282X2005000300025

Lim, S.-W., Shiue, Y.-L., Ho, C.-H., Yu, S.-C., Kao, P.-H., Wang, J.-J., & Kuo, J.-R. (2017). Anxiety and depression in patients with traumatic spinal cord injury: A nationwide population-based cohort study. PLOS ONE, 12(1), e0169623. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0169623

Bardin L. (2016). Análise de conteúdo. Edição revista e ampliada. São Paulo: Edições 70 Brasil.

Conceição, M. I. G., Auad, J. C., Vasconcelos, L., Macêdo, A., & Bressanelli, R. (2010). Avaliação da depressão em pacientes com lesão medular. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 12(1–2), 43–59.

Sbardelloto, G., Schaefer, L. S., Lobo, B. D. O. M., Caminha, R. M., & Kristensen, C. H. (2012). Processamento cognitivo no transtorno de estresse pós-traumático: Um estudo teórico. Interação em Psicologia, 16(2). https://doi.org/10.5380/psi.v16i2.18934

Barbiellini Amidei, C., Salmaso, L., Bellio, S., & Saia, M. (2022). Epidemiology of traumatic spinal cord injury: A large population-based study. Spinal Cord, 60(9), 812–819. https://doi.org/10.1038/s41393-022-00795-w

Abreu, D. R. D. O. M., Souza, E. M. D., & Mathias, T. A. D. F. (2018). Impacto do Código de Trânsito Brasileiro e da Lei Seca na mortalidade por acidentes de trânsito. Cadernos de Saúde Pública, 34(8). https://doi.org/10.1590/0102-311x00122117

Tissot, J. T., & Vergara, L. G. L. (2023). Estratégias para prevenção de quedas no ambiente de moradia da pessoa idosa com foco no aging in place. Ambiente Construído, 23(3), 25–37. https://doi.org/10.1590/s1678-86212023000300674

Khan RL, Helena M, Lopes I. Mergulho em águas rasas e lesão medular: uma abordagem educativa e preventiva. Scientia Medica. 2005.

Silva, B. F. A., Queiroz, B. L., Marinho, F. C., Pereira, F. N. A., & Cisalpino, P. (2018). Violência urbana e política pública de prevenção: Avaliação do Programa Fica Vivo! no estado de Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Estudos de População, 35(2), 1–9. https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0059

Pereira, T. G. G., Castro, S. L. S. D., & Barbosa, M. O. (2022). Perfil epidemiológico do traumatismo raquimedular em um hospital de referência do distrito federal um estudo retrospectivo / Epidemiological profile of spinal cord injury in a reference hospital in the federal district a retrospective study. Brazilian Journal of Development, 8(2), 8708–8729. https://doi.org/10.34117/bjdv8n2-020

Imanishi HA, Lopes Da Silva L. (2016). Despersonalização nos hospitais: o estádio do espelho como operador teórico.

Garcia, D. O., Giroto, E. T. D. S., & Costa, D. L. D. (2021). Tratamentos fisioterapêuticos para bexiga neurogênica: Uma revisão da literatura. Research, Society and Development, 10(16), e434101624304. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.24304

Rodrigues, A. C., Cunha, A. M. R., Forni, J. E. N., Dias, L. A. C., Condi, P. R., & Martins, M. R. I. (2021). Factors that influence the quality of life in neuropathic, musculoskeletal, and oncological pain. Brazilian Journal Of Pain. https://doi.org/10.5935/2595-0118.20210011

Volkmer, C., Monticelli, M., Reibnitz, K. S., Brüggemann, O. M., & Sperandio, F. F. (2012). Incontinência urinária feminina: Revisão sistemática de estudos qualitativos. Ciência & Saúde Coletiva, 17(10), 2703–2715. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012001000019

Bezerra, R. K. C., & Alves, A. M. C. V. (2019). A importância do trabalho da equipe multiprofissional na estratégia saúde da família e seus principais desafios. Revista Expressão Católica Saúde, 4(2), 7. https://doi.org/10.25191/recs.v4i2.3210

Faleiros F, Silva JCF e, Cordeiro A, Tholl AD, Fumincelli L, Tate D. (2020). Qualidade de vida e lesão medular traumática: um estudo com uso de data sets internacionais. Rev Eletrônica Enferm. (5)22.

Kübler-Ross E. (1969). Sobre a Morte e o Morrer. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,

Soligo C, Angonese Sebben A. LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA: MUDANÇAS BIOPSICOSSOCIAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS. 2019.

APA - AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition. DSM-5-TR. Washington: American Psychiatric Publishing, 2022.

Murta, S. G., & Guimarães, S. S. (2007). Enfrentamento à lesão medular traumática. Estudos de Psicologia (Natal), 12(1), 57–63. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2007000100007

Antoniazzi AS, Dell’Aglio DD, Bandeira DR. O conceito de coping: uma revisão teórica. Estud Psicol. 1998 Dec;3(2):273–94.

Amaral, M. T. M. P. (2009). Encontrar um novo sentido da vida: Um estudo explicativo da adaptação após lesão medular. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 43(3), 573–580. https://doi.org/10.1590/S0080-62342009000300011

Guimarães TB, Magni C. (2020). Reflexões sobre a humanização do cuidado na presença de uma doença ameaçadora da vida. Rev. Mudanças,(28)1.

Downloads

Publicado

2024-01-24

Como Citar

AMANCIO, E. L.; MELO NETO, C. C. B. de .; SILVA, L. de S.; HIDAKA, A. H. V.; SILVA, P. H. M. Um olhar sobre os impactos emocionais nos pacientes acometidos por lesão medular traumática. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 7, n. 14, p. e14917, 2024. DOI: 10.55892/jrg.v7i14.917. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/917. Acesso em: 21 nov. 2024.

ARK