A morte como “companheira de trabalho”: implicações na equipe de saúde no contexto hospitalar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v7i14.964

Palavras-chave:

Equipe de saúde, Morte, Luto, Trabalho

Resumo

A influência do hospital na equipe de saúde os afeta em suas construções individuais, na sua relação com o outro e com o mundo. Soma-se ao trabalho, o processo de luto a partir de perdas significativas geradas pelos vínculos criados entre equipe, paciente e família. O presente trabalho tem o intuito de compreender como o profissional de saúde é afetado diante a morte no contexto hospitalar, assim como as possíveis implicações ao seu funcionamento psíquico. Destaca-se a relação das situações estressoras no âmbito de trabalho como fatores de risco, tendo em contrapartida o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento como facilitadoras de uma elaboração adequada A pesquisa consiste em uma pesquisa bibliográfica de natureza exploratória, no qual utilizou como campo de busca os Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PEPsic), o Scientific Electronic Library Online (SciELO), o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES), livros, teses e dissertações. Conclui-se que a forma como se lida com o sofrimento psíquico decorrente de uma perda significativa, se mostrou de fundamental importância para o alcance de uma experiência mais saudável.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carla Elena de Oliveira Barros, Universidade da Amazônia

[Lattes]
Bacharel em Psicologia pela Universidade da Amazônia (UNAMA, 2018 2022). É pós-graduanda em Neuropsicologia no Instituto de Pós-Graduação (IPOG, 2023 Atual). Concluiu curso de Formação em Psicologia Hospitalar (2022), Formação em Tanatologia e Intervenções em Perdas e Luto (2022 2023) e Formação em Psicofarmacologia (2022 2023) pelo Instituto Fratelli (Fortaleza/CE). Atua como Psicóloga Clínica em consultório particular a partir da abordagem Terapia Cognitivo-Comportamental, assim como, tem vínculo celetista enquanto Analista de RH na empresa diCasa Materiais de Construção, atuando com maior ênfase no setor de Recrutamento e Seleção. Possui experiência de estágio em Avaliação Psicológica na empresa Ethos Psicotestes (2019); em Psicologia Hospitalar na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, nos setores de Neonatologia (2022.1) e em Clínicas Cirúrgicas (2022.2), e em Psicologia da Saúde, com atendimentos ambulatórias especializados em Transtornos do Neurodesenvolvimento na Hapvida Medicina Preventiva (2021.2); e em Psicologia Organizacional na empresa RR Chevrolet no setor de Gestão de Pessoas (2022.1), no Hospital Porto Dias no setor de Desenvolvimento de Gente e Gestão de Pessoas (2021.2). Atuou como Monitora na disciplina Psicologia Experimental na UNAMA (2021.1), e no Setor Pedagógico do Instituto Fratelli (2022 - 2023). Participou do Projeto de Extensão Plantão Psicológico da Clínica de Psicologia da UNAMA (2022.1), e da Liga Acadêmica de Psicologia Clínica (2021.2). Concluiu o curso de Inglês no Cursos Livres de Línguas Estrangeiras da UFPA (2018); e está cursando Alemão na Casa de Estudos Germânicos da UFPA (2022 Atual )

Kaio Henrique Silva da Rocha, Universidade da Amazônia

[Lattes]
Graduado em Psicologia pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Doutorando em Educação pela Universidade Nacional de Rosário (UNR). Pós-graduado em Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). Em aprimoramento na Abordagem Centrada na Pessoa pelo Instituto de Psicologia Humanista de Belém (IPH Belém). Experiência em Gestão de Ensino Superior e em Psicologia Clínica no atendimento de Adultos, jovens e idosos. Atualmente trabalhando como Responsável Técnico da Clínica Escola de Psicologia na Universidade da Amazônia, Supervisor do estágio em clínica na Abordagem Centrada na Pessoa e na Coordenação do plantão psicológico na Universidade da Amazônia, unidade Gentil. 

Paulo de Oliveira Paes de Lira Neto, Universidade Federal do Pará

[Lattes]
Graduado(a) em Bacharel em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Pará, Especialista em Farmácia Clínica com ênfase em prescrição farmacêutica, Mestre em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários.

Referências

ANGERAMI-CAMON, Waldemar Augusto et al. Psicologia hospitalar: teoria e prática. In: Psicologia hospitalar: teoria e prática. 2ª. ed. São Paulo:Cengage Learning Edições Ltda., 2010.

BOLZAN, Maria Elaine de Oliveira. Estresse, coping, burnout, sintomas depressivos e hardiness em residentes médicos. 2012. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – Mestrado) - Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciência da Saúde, Santa Maria/RS, 2012. Disponível em: http://coral.ufsm.br/ppgenf/images/Mestrado/Dissertacoes/2012_2013/DISSERTACAO_MARIA_ELAINE.pdf. Acesso em: 24 de nov. 2022.

BORSOI, Izabel Cristina Ferreira. Da relação entre trabalho e saúde à relação entre trabalho e saúde mental. Psicologia & Sociedade, v. 19, p. 103-111, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/psoc/a/ZK47NkYwTQv8w6cXcfVqP6S/abstract/?lang=pt. Acesso em: 14 de out. 2022.

BULHÕES, Ivone. Riscos do trabalho de enfermagem. 2. ed. Rio de Janeiro: Folha Carioca, 1998.

CECCIM, Ricardo Burg. Educação permanente em saúde: desafio ambicioso e necessário. Interface-comunicação, saúde, educação, v. 9, p. 161-168, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/jC4gdtHC8RPLWSW3WG8Nr5k/. Acesso em: 28 de nov. 2022.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (BRASIL). Referências técnicas para atuação de psicólogas (os) nos serviços hospitalares do SUS. 1º. Ed. Brasília: CFP, 2019.

COMBINATO, Denise Stefanoni; QUEIROZ, Marcos de Souza. Morte: uma visão psicossocial. Estudos de Psicologia (Natal), v. 11, p. 209-216, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epsic/a/PfSWjx6JP7NQBWhcMBXmnyq/abstract/?lang=pt. Acesso em: 16 de set. 2022.

DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. In: A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 6ª. ed. São Paulo: Cortez; 2018.

DEJOURS, Christophe. Subjetividade, trabalho e ação. Production, v. 14, p. 27-34, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/prod/a/V76xtc8NmkqdWHd6sh7Jsmq/abstract/?lang=pt . Acesso em: 04 de out. 2022.

FREITAS, Adriana Francisca Santana de Carvalho; OLIVEIRA, Samanta Aparecida de. Os impactos emocionais sofridos pelo profissional de psicologia frente à morte em contexto hospitalar. Akrópolis Umuarama, v. 18, n. 4, p. 263-273, out./dez. 2010. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/akropolis/article/view/3297. Acesso em: 10 de nov. 2022.

GAUTIER, Isabelle. A Síndrome do Esgotamento Médico in CAIXETA, Marcelo. Psicologia Médica. Rio de janeiro: MEDSI, 2005. p. 495-497.

GLANZNER, Cecília Helena. O descompasso entre o trabalho real e o prescrito: prazer e sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família no Grupo Hospitalar Conceição. 2014. Tese (Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Enfermagem, Porto Alegre, 2014. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/114596. Acesso em: 18 de nov. 2022.

GORAYEB, Ricardo. A prática da psicologia hospitalar. In M. L. Marinho & V. E. Caballo (Orgs.), Psicologia clínica e da saúde (pp. 263-278). Londrina: Ed. UEL-APICSA, 2001.

GONÇALVES, Paulo Cesar. BITTAR, Cléria Maria Lobo. Estratégias de enfrentamento no luto. Mudanças – Psicologia da saúde, 24 (1), Jan-Jun, 2016. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/MUD/article/view/6017. Acesso em: 29 de nov. 2022.

KOVÁCS, Maria Julia. Morte e desenvolvimento humano. 5º. ed. Casa do Psicólogo: São Paulo, 2010.

KOVÁCS, Maria Julia. Sofrimento da equipe de saúde no contexto hospitalar: cuidando do cuidador profissional. O mundo da saúde, v. 34, n. 4, p. 420-429, 2010. Disponível em: http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/79/420.pdf. Acesso em: 08 de ago. 2022.

KÜBLER-ROSS, Elizabeth. Sobre a morte e o morrer. 10ª.ed. São Paulo:Editora WMF Martins Fontes, 2017.

MAGALHÃES, Marília Vieira; MELO, Sara Cristina de Assunção. MORTE E LUTO: o sofrimento do profissional da saúde. Psicologia e Saúde em debate, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 65–77, 2015. Disponível em: http://www.psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/7. Acesso em: 30 nov. 2022.

NOGUEIRA, Lilian de Fatima Zanoni; ALVES, Iara Boccato; STUCKUS, Michel Zenon Ortega. Luto e trabalho: Quando a Morte vai trabalhar in SANTOS, Franklin Santana. Tratado Brasileiro sobre Perdas e Luto. São Paulo: Apheneu. p. 207-216. 2014.

PARKES, Colin Murray. Luto: estudos sobre a perda na vida adulta. 3ª.ed. São Paulo: Summus, 1998.

SÁ, Marilene de Castilho; AZEVEDO, Creuza da Silva. Subjetividade e gestão: explorando as articulações psicossociais no trabalho gerencial e no trabalho em saúde. Ciência & Saúde Coletiva [online] V. 15, n. 5 , pp. 2345-2354. 2010. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000500010>. Acesso em: 20 de nov. 2022.

SANDERS, Catherine M. The Mourning After: dealing with adult bereavement. 2. ed.

NewYork: JonhWiley& Sons, 1999. Disponível em: https://doi.org/10.1046/j.1365-2850.1999.00227-5.x. Acesso em: 30 de nov. 2022.

SANTOS, Emilly Karoline Rabelo dos; MENDES, Denise Teixeira; MARBACK, Roberta Ferrari. É Preciso Falar Sobre A Morte: Equipe De Saúde E Luto No Hospital Geral. XVI SEPA - Seminário Estudantil de Produção Acadêmica,

UNIFACS, 2018. Disponível em: https://revistas.unifacs.br/index.php/sepa/article/view/5505. Acesso em: 20 de nov. 2022.

STROEBE, Margaret. SCHUT, Henk.; STROEBE, Wolfgang. Health outcomes of bereavement. The Lancet, v. 370, n. 9603, p. 1960-1973, 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1016/s0140-6736(07)61816-9. Acesso em: 25 de nov. 2022.

ROCKEMBACH, Jamila Vasquez.; CASARIN, Sidneia Tessmer; SIQUEIRA, Hedi Crecencia Heckler de. Morte pediátrica no cotidiano de trabalho do enfermeiro: sentimentos e estratégias de enfrentamento. Rev Rene, v. 11, n. 2, 14 Apr. 2010. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/4525. Acesso em: 26 de nov. 2022.

VIEIRA, Isabela. Conceito (s) de burnout: questões atuais da pesquisa e a contribuição da clínica. Revista brasileira de Saúde ocupacional, v. 35, p. 269-276, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbso/a/KTtx79ktPdtVSxwrVrkkNyD/?format=html&lang=pt. Acesso em: 30 de nov. 2022.

Downloads

Publicado

2024-04-02

Como Citar

BARROS, C. E. de O.; ROCHA, K. H. S. da; NETO, P. de O. P. de L. A morte como “companheira de trabalho”: implicações na equipe de saúde no contexto hospitalar. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 7, n. 14, p. e14964, 2024. DOI: 10.55892/jrg.v7i14.964. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/964. Acesso em: 21 nov. 2024.

ARK