PROTOCOLO CLÍNICO: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DOMICILIAR
DOI:
https://doi.org/10.29327/537371Abstract
Os cuidados em Terapia Nutricional (TN), que já tem eficácia comprovada em ambiente hospitalar, têm se apresentado como demanda crescente na atenção à saúde em âmbito domiciliar, gerando assim a necessidade do desenvolvimento de estratégias para implementação, organização e qualificação do serviço prestado aos usuários.
Diante desse cenário e considerando as recomendações sobre a TN no Sistema Único de Saúde - SUS (Portaria GM/MS n. 850 de 3/05/2012)1, que teve como finalidade orientar quanto a estruturação de serviços para suporte nutricional no âmbito hospitalar, ambulatorial e domiciliar, foi elaborado esse protocolo no sentido de orientar os profissionais da equipe multidisciplinar que acompanham os indivíduos que fazem uso da Terapia Nutricional Enteral Domiciliar (TNED).
Este protocolo é produto de uma extensa e embasada pesquisa do Programa de Mestrado Profissional em Ciências para a Saúde (MPCS) da Escola Superior em Ciências da Saúde (ESCS) da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS) da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Foi realizado na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município de Luziânia-Goiás que atende aos pacientes do SUS.
O objetivo deste protocolo é estruturar a prática do nutricionista e da equipe multidisciplinar no âmbito da assistência nutricional ao usuário em uso de TNED cadastrados no programa de dispensação de fórmulas e dieta enteral da SMS e da Equipe Multidisciplinar de Assistência Domiciliar (EMAD) do município de Luziânia-GO, podendo ser utilizado por outros serviços afins.
Desejamos a todos (as) uma excelente leitura e que esse protocolo intitulado “Protocolo Clínico: Terapia Nutricional Enteral Domiciliar” possa subsidiar a prática clínica.
References
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n. 850 de 3/05/2012. Institui Grupo de Trabalho sobre a Terapia Nutricional no Sistema Único de Saúde. Brasília: 2012.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE; 2018.
Tavares EL, Santos DM, Ferreira AA, Menezes MFG. Nutritional assessment for the elderly: modern challenges. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. 2015; 18 (3): 643-650.
Cutchma G, Mazur EC, Thieme RD, De França RM, Madalozzo Schieferdecker ME. Fórmulas alimentares: influência no estado nutricional, condição clínica e complicações na terapia nutricional domiciliar. Nutr. clín. diet. hosp. 2016; 6 (2): 45-54.
Volkert D, Beck AM, Cederholm T, Cruz-Jentoft A, Sabine Goisser, S, Hooper L et al. ESPEN guideline on clinical nutrition and hydration in geriatrics. Clinical Nutrition, 2019; 38:10-47.
Naves LK, Tronchin DMR. Nutrição enteral domiciliar: perfil dos usuários e cuidadores e os incidentes relacionados às sondas enterais. Rev Gaúcha Enferm. 2018; 39: 2017-0175.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM no 825, de 25 de abril de 2016. Redefine a Atenção Domiciliar no Âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. Brasília: 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Informativo técnico sobre a terapia nutricional enteral domiciliar, com foco para a dieta. Brasília: 2016.
Ojo O. The challenges of home enteral tube feeding: a global perspective. Nutrients. 2015; 7 (4): 2524-38.
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Diretrizes Brasileira de Terapia Nutricional Domiciliar. BRASPEN J. 2018; 33 (supl. 1): 37-46.
Brasil KS, Córdova ME. Características sociais e antropométricas de idosos que utilizam terapia nutricional enteral em um município da região metropolitana de Porto Alegre-RS. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo, Mar./Abril 2019; 13 (78): 185-193. ISSN 1981- 9919.
Jukic PN, Gagliardi C, Fagnani D, Venturini, CC, Orlandoni, P. Home Enteral Nutrition therapy: Difficulties, satisfactions and support needs of caregivers assisting older patients. Clinical Nutrition 2017; 36: 1062-1067.
Wanden-Berghe C, Patino-Alonso MC, Galindo-Villardón P, Sanz-Valero J. Complications Associated with Enteral Nutrition: CAFANE Study. Nutrients 2019; 11 (9): 2041.
Strollo BP, Mcclave SA, Miller KR. Complications of Home Enteral Nutrition: mechanical complications and access issues in the home setting. Nutrition in Clinical Practice 2017; 32 (6): 723-729.
Johnson TW, Seegmiller S, EPP L, Manpreet S, Mundi MS. Addressing Frequent Issues of Home Enteral Nutrition Patients. Nutrition in Clinical Practice 2019; 34 (2): 186-195.
Bischoff SC, Austin P, Boeykens K, Chourdakis M, Cuerda C, Jonkers-Schuitema C. ESPEN guideline on home enteral nutrition, Clinical Nutrition 2020; 39: 5-22.
Sociedade Brasileira Nutrição Parenteral e Enteral. Associação Brasileira de Nutrologia. Terapia Nutricional Domiciliar. Projeto Diretrizes: 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cuidados em terapia nutricional / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 3 v.: il. (Caderno de Atenção Domiciliar; v. 3)
Guia multiprofissional de orientação para pacientes em uso de nutrição enteral domiciliar / Izabelle Silva de Araújo, Helânia Virginia Dantas dos Santos; Colaboração de Fabrício Rodrigo Pires Cagliari...[et al]. Petrolina: HEWAB - EBSERH, 2017.
Menezes CS, Fortes, RC. Manual de orientações sobre Terapia Nutricional Enteral Domiciliar. Informações aos pacientes e cuidadores. 1ª ed. Brasília: Editora JRG. 2018.
Governo do Distrito Federal. Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde. Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde. Protocolo de Atenção à Saúde. Nutrição na Internação Domiciliar. Portaria SES-DF Nº287 de02.12.16 , publicada no DODF Nº 228 de 06.12.16. Brasília: 2012 .
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Faculdade de Medicina de Marília Complexo Assistencial – Famema. Protocolo de Terapia Nutricional Enteral Adultos. Unidade de Alimentação e Nutrição. Hospital das Clínicas de Marília: 2012.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC, nº 63 de 6 de julho de 2000. Regulamento Técnico para a Terapia de Nutrição Enteral. Diário Oficial - República Federativa do Brasil, Brasília-DF, 6 de julho de 2000.
Martins C. Protocolo de procedimentos nutricionais, cap. 27. In: Riela MC e Martins C. Nutrição e o Rim. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Cuppari, L. Nutrição Clínica no Adulto. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar - Nutrição - Nutrição Clínica no Adulto - 3ª Ed. Editora Manole: 2014.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Manejo da desnutrição grave: Um manual para profissionais de saúde de nível superior (médicos, enfermeiros, nutricionistas e outros) e suas equipes de auxiliares. Genebra: 1999.
Sociedade Brasileira Nutrição Parenteral e Enteral. Associação Brasileira de Nutrologia. Recomendações Nutricionais para Adultos em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral. Projeto Diretrizes: 2011.
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no envelhecimento. BRASPEN J 2019; 34 (Supl 3):2-58.
Chumlea WMC, Guo SS, Roche AF, Steinbaugh ML. Prediction of body weight for the nonambulatory elderly from anthropometry. J Am Diet Assoc, 1988; 88 (5): 564-8.
Chumlea WMC, Guo SS, Roche AF, Steinbaugh ML. Prediction of stature from knee height for black and white adults and children with application to mobility impaired or handicapped persons. J Am Diet Assoc, 1994; 94 (12): 1385-8.
Yugue, SF, Ide HW, Tiengo A. Comparação da Avaliação Antropométrica em Pacientes Internados por Intermédio de Métodos Estimativos e Diretos. Revista Ciências em Saúde, out/2011; 1 (3).
Paz RC, Fortes RC. Protocolo clínico: triagem nutricional por meio da mini avaliação nutricional (MAN) simplificada e da circunferência da panturrilha (CP) para idosos cardiopatas assistidos pelo sistema único de saúde (SUS). 1ª edição. Brasília: Editora JRG, 2019.
Barbosa-Silva TG, Bielemann RM, Gonzalez MC, Menezes AMB. Prevalence of sarcopenia among community-dwelling elderly of a medium-sized South American city: Results of the Study. J Cachexia Sarcopenia Muscle. 2016; 7(2): 136-43.
World Health Organization - WHO. Obesity: Preventing and managing the global epidemic: report of a consultation. WHO technical report series: Geneva, 2000.
World Helth Organization - WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic of obesity. Report of the Who Consultation of Obesity, Geneva, 3-5 June, 1997.
Lipschitz DA. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care. 1994; 21(1): 55-67.
James R. Nutritional support in alcoholic liver disease: a review. J Human Nutr. 1989; 2:315-23.