Lei Maria da Penha: impedir a utilização nefasta das medidas protetivas para proteger a mulher
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1460Palavras-chave:
Lei Maria da Penha, Desvirtuamento, ProteçãoResumo
Investiga-se, neste ensaio, o uso das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, principalmente a do afastamento do lar, como um instrumento para alcançar objetivos distintos da proteção legal. Pondera que a utilização nefasta da Lei pode enfraquecer a proteção legal e, de certa forma, dificultar a aplicação da própria Lei. Pontua sobre a necessidade de um conhecimento maior do que representa, para a luta feminina, o desenvolvimento de um instrumento tão importante para o ordenamento jurídico interno e uma resposta na luta mundial à proteção das mulheres, consciência que, junto com a responsabilização pelo uso indevido, pode gerar maior proteção à mulher.
Downloads
Referências
BRASIL. Câmara dos Deputados: Parlamento Jovem. Enfrentamento à Violência contra a Mulher é tema em todas as edições do PJB. Câmara dos Deputados, [s.d]. Disponível em:https://www2.camara.leg.br/a-camara/programas-institucionais/experiencias-presenciais/parlamentojovem/outros-conteudos/projetos-pjb/enfrentamento-a-violencia-contra-a-mulher-e-tema-em-todas-as-edicoes-do-pjb. Acesso em: 11 abr. 2024.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Avaliação sobre a aplicação das medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha. Conselho Nacional de Justiça; Instituto Avon; Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação, Brasília, 2022. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2022/08/relatorio-avaliacao-medidas-protetivas-lei-maria-da-penha-23082022.pdf. Acesso em 15 abr. 2024.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. O Poder Judiciário na aplicação da Lei Maria da Penha: ano 2022. Conselho Nacional de Justiça. Brasília: CNJ, 2023. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2023/08/relatorio-violencia-domestica-2023.pdf. Acesso em 12 abr. 2024.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Sobre a Lei Maria da Penha. Brasília, CNJ, [s/d]. Disponível em https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/violencia-contra-a-mulher/sobre-a-lei-maria-da-penha/. Acesso em 18 mar. 2024.
BRASIL. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 15 abr. 2024.
BRASIL. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Enfrentando a Violência contra a Mulher. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2005. 64p. Disponível em: https://www.mpdft.mp.br/portal/pdf/nucleos/pro_mulher/manual_enfrentando_violencia.pdf. Acesso em 23 abr. 2024
BRASIL. Senado Federal. Lei Maria da Penha torna mais rigorosa punição para agressões contra mulheres. Agência Senado, Brasília, [s.d]. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/lei-maria-da-penha#:~:text=Com%20a%20Lei%20Maria%20da,contra%20a%20mulher%20nos%20estados. Acesso em 15 mar. 2024.
CARVALHO, Pablo. Medidas protetivas no âmbito da Lei Maria da Penha e sua real eficácia na atualiadade. Jus Navigandi: 17 ago. 2014. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/29229>. Acesso em: 7 mar. 2024.
CUNHA, Rogério Sanches. Súmula 600 do STJ: Lei Maria da Penha se aplica independentemente de coabitação. Meu site jurídico, Salvador, 22 novembro de 2017. Disponível em: https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2017/11/22/sumula-600-stj-lei-maria-da-penha-se-aplica-independentemente-de-coabitacao/#:~:text=Ora%2C%20se%20agressor%20e%20v%C3%ADtima,coabita%C3%A7%C3%A3o%20entre%20autor%20e%20v%C3%ADtima%E2%80%9D. Acesso em: 12 mar. 2024.
DE LIMA. Renato Brasileiro. Curso de Processo Penal. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2013.
GERALDO, Wallace Nunes Ferreira. Denúncias falsas e manipuladas como ferramenta de vantagem na aplicação da Maria da Penha. Revista Consultor Jurídico, 30 de abril de 2024. Disponível em: < https://www.conjur.com.br/2024-abr-30/denuncias-falsas-e-manipuladas-como-ferramenta-de-vantagem-judicial-na-aplicacao-da-lei-maria-da-penha/#:~:text=A%20complexidade%20das%20den%C3%BAncias%20falsas,para%20ambas%20as%20partes%20envolvidas>. Acesso em 10 out. 2024.
GONÇALVES, P. A.; GONÇALVES, F. A. Categorias da antijuridicidade: o ato ilícito e o ato abusivo. Revista do Curso de Direito do UNIFOR-MG, Formiga, v. 8, n. 2, p. 63-83, jul./dez. 2017. Disponível em: <https://www.academia.edu/111487105/Categorias_da_antijuridicidade_ato_ilícito_e_ato_abusivo>. Acesso em abr. 2024.
GRANDA, Alana. Somente 20% das mulheres brasileiras conhecem bem a Lei Maria da Penha: é o que mostra Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2024. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-02/somente-20-das-mulheres-brasileiras-conhecem-bem-lei-maria-da-penha. Acesso em 20 mar. 2024.
KALB, Christiane Heloisa; DIAS, Larissa de Souza. A relevância da palavra da vítima como meio de prova nos crimes de violência doméstica psicológica contra a mulher: posicionamento atual do STJ. Revista do Curso de Direito do UNIFOR, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 155–180, 2020. DOI: 10.24862/rcdu.v11i2.1293. Disponível em: https://revistas.uniformg.edu.br/cursodireitouniformg/article/view/1293. Acesso em: 26 maio. 2024.
MENEGHEL, S. N. et al.. Repercussões da Lei Maria da Penha no enfrentamento da violência de gênero. Ciência & Saúde Coletiva, v. 18, n. 3, p. 691–700, mar. 2013.
MINAS GERAIS. Tribunal de Justiça. Apelação Criminal 1.0000.23.185967-9/001. Apelante: D.H.V.A e L.H.V. Apelado: I.P.F., Relator: Des. Relator(a): Des.(a) Haroldo André Toscano de Oliveira (JD Convocado), Belo Horizonte, 28 fev. 2024. Disponível em: https://www5.tjmg.jus.br/jurisprudencia/pesquisaNumeroCNJEspelhoAcordao.do?&numeroRegistro=1&totalLinhas=2&paginaNumero=1&linhasPorPagina=1&numeroUnico=1.0000.23.185967-9/001&pesquisaNumeroCNJ=Pesquisar&. Acesso em 15 mar. 2024.
MINAS GERAIS. Tribunal de Justiça. Rec em Sentido Estrito 1.0433.21.005243-0/001. Apelante: V.F.M., H.P.D.M.Apelados: H.P.D.M., B.V.P.M. Relator(a): Des.(a) Daniela Villani Bonaccorsi Rodrigues, Belo Horizonte, 16 jun. 2023. Disponível em:
https://www5.tjmg.jus.br/jurisprudencia/pesquisaNumeroCNJEspelhoAcordao.do?numeroRegistro=1&totalLinhas=1&linhasPorPagina=10&numeroUnico=1.0433.21.005243-0%2F001&pesquisaNumeroCNJ=Pesquisar. Acesso em 16 mar. 2024.
% DAS BRASILEIRAS AFIRMAM “CONHECER POUCO” SOBRE LEI MARIA DA PENHA. Brasília, Agência Senado, 07 de março de 2024. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2024/03/07/datasenado-75-das-brasileiras-afirmam-201cconhecer-pouco201d-sobre-lei-maria-da-penha. Acesso em 10 maio 2024.
ONU. Organização das Nações Unidas. Declaração e Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial Sobre a Mulher. Pequim, 1995. Disponível em: https://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2013/03/declaracao_beijing.pdf. Acesso em 11 abr. 2024.
PASINATO, Wânia. Acesso à justiça e violência doméstica e familiar contra as mulheres: as percepções dos operadores jurídicos e os limites para a aplicação da Lei Maria da Penha. Revista Direito GV, v. 11, n. 2, p. 407–428, jul. 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
ARK
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.