Perfil epidemiológico da sífilis congênita no município de Maceió em Alagoas de 2019 a 2023
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1593Palavras-chave:
epidemiologia, infecção sexualmente transmissível, notificação, sífilis congênitaResumo
Introdução: A infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela espiroqueta Treponema pallidum é denominada de sífilis. Tendo em vista sua grande disseminação entre a população e seu alto risco especialmente para a saúde de gestantes, tornou-se um importante problema de saúde pública. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico da sífilis congênita na cidade de Maceió em Alagoas. Metodologia: O período de estudo foi de janeiro de 2019 a dezembro de 2023; os dados foram coletados com base nos casos notificados na cidade de Maceió em Alagoas através do SINAN (Sistema de informação e agravos de Notificação) que compõe a plataforma DataSus/TabNet. Resultados: Foram confirmados 1.419 diagnosticados de sífilis congênita, dentre esses, 19 dados como aborto por sífilis ou natimorto e 32 casos posteriormente descartados como sífilis. Com base nesse cenário, identificou-se que o ano de 2021 apresentou mais casos confirmados da doença. Além disso, constatou-se predomínio em gestantes com faixa etária de 20-24 anos, de raça parda que tiveram seu diagnóstico no momento do pré-natal. Ademais, maior parte de seus parceiros não prosseguiram com o tratamento adequado. Conclusão: Sendo assim, esta pesquisa contribuiu para melhor compreender o perfil epidemiológico da sífilis congênita no município de Maceió, destacando as principais características do público-alvo e provendo dados necessários para o embasamento da concepção de efetivas políticas públicas de saúde, a fim de minimizar os efeitos que a doença provoca na população.
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