Perfil de prematuros atendidos pela equipe de Fonoaudiologia em uma unidade de cuidados intermediários neonatal canguru
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.1848Palavras-chave:
Fonoaudiologia, Recém-Nascido Prematuro, Perfil de SaúdeResumo
Objetivo: Descrever o perfil de recém-nascidos prematuros que demandam atendimento fonoaudiológico na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru em um hospital materno-infantil de referência. Metodologia: Estudo descritivo, prospectivo e quantitativo em que foram analisados dados dos prontuários eletrônicos de pacientes internados e que demandaram atendimento fonoaudiológico no período de junho de 2024. Os dados foram transferidos para um formulário Google Forms, tabulados e analisados em números absolutos e relativos. Resultados: Foram atendidos e incluídos 30 prematuros. Destes, 60% eram do sexo masculino e 40% feminino. A causa provável do parto prematuro mais frequente foi a hipertensão arterial gestacional (25,5%). O número de consultas no pré-natal mais frequente foi de 6 a 10 (53,3%). A idade gestacional de nascimento e a idade de início do atendimento na UCINca foi de 31 a 35 semanas e mais de 35 semanas, respectivamente. A maioria (90,3%) recebeu alta hospitalar com mais de 35 semanas de idade pós concepcional. A maioria (58,1%) apresentou baixo peso ao nascimento e nasceu adequado para a idade gestacional (86,7%). A maioria (46,7%) iniciou atendimento fonoaudiológico com peso acima de 2000g e recebeu alta hospitalar com peso acima de 2000g (73,3%). A via de alimentação mais frequente no início do atendimento foi sucção no seio materno associado à sonda nasogástrica (76,7%), no momento da transferência para UCINca. A maioria (46,7%) realizou de 6 a 10 sessões de fonoterapia e a alteração neonatal associada mais frequente foi a icterícia neonatal (n=16). O indicador de risco para deficiência auditiva mais prevalente foi a internação na UTIN por mais de 5 dias (n=11), seguido de uso de medicamentos ototóxicos (n=4). A maioria (96,7%) apresentou resultado normal em ambas as orelhas na Triagem Auditiva. Conclusão: Foi possível descrever o perfil dos pacientes atendidos pela equipe de Fonoaudiologia e a importância do acompanhamento terapêutico em busca do aleitamento materno exclusivo.
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