Perfil clínico e laboratorial de doadores vivos de rim em acompanhamento ambulatorial
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.1984Palavras-chave:
doadores vivos, doença renal crônica, transplante de rim, taxa de filtração glomerular, comorbidadeResumo
O transplante de rim é considerado a terapia renal substitutiva ideal para tratar a doença renal em fase final. Dessa forma, o rim de um doador vivo é a opção mais indicada para o transplante, pois promove uma melhor sobrevida em comparação ao rim do doador falecido. Contudo, há preocupações sobre as possíveis consequências médicas adversas a longo prazo nesses doadores vivos. O estudo visa traçar o perfil clínico e laboratorial de doadores vivos de rim. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, de corte transversal retrospectivo, realizada com pacientes em acompanhamento ambulatorial de um hospital universitário da cidade de Recife-PE. A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário estruturado elaborado pela pesquisadora que incluiu quatro blocos de variáveis: sociodemográficas, clínicas, laboratoriais e medidas antropométricas. As análises estatísticas descritivas, incluindo medidas de posição (média, moda, mediana) e dispersão (variância, desvio padrão), foram realizadas para caracterizar a população. O procedimento de coleta de dados ocorreu somente após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos, conforme a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. O estudo envolveu 32 doadores vivos de rim, com predominância masculina (56,2%) e idades entre 26 e 66 anos. A maioria tinha ensino médio completo (59,4%) e se autodeclarava parda (78,1%). As comorbidades encontradas nesses pacientes foram a dislipidemia (68,8%), obesidade (37,9%) e hipertensão (31,2%). Já em relação aos resultados laboratoriais, os exames estavam dentro dos limites aceitáveis, tanto para o sexo masculino quanto para o feminino. Conclui-se, portanto, que o perfil dos doadores vivos de rim é predominantemente masculino, com idade média de 48,2 anos, escolaridade de ensino médio completo e da cor parda. Clinicamente, a maioria apresenta peso normal, sem diabetes, com dislipidemia e queda da função renal em faixas etárias mais avançadas.
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