Uso da suplementação nos ciclos da vida: uma revisão de literatura

Resumo

O uso da suplementação nutricional ao longo do ciclo vital assume papel relevante na manutenção da saúde e na prevenção de deficiências, abrangendo infância, adolescência, vida adulta, gestação e envelhecimento. O objetivo foi analisar evidências atuais sobre benefícios, riscos e aplicações de suplementos como creatina, whey protein, vitaminas, minerais, ácidos graxos ômega-3 e compostos antioxidantes. A metodologia consistiu em revisão de literatura. Em crianças e adolescentes, a suplementação é indicada quando há carências documentadas, contribuindo para crescimento, desenvolvimento neurocognitivo e imunidade; toda prescrição deve respeitar faixas etárias e segurança. Em adultos, destacam-se ganhos de desempenho, recuperação muscular e suporte metabólico, com papel consolidado da creatina em força e potência, e do whey na síntese proteica, quando necessário. Em gestantes, ferro, ácido fólico e vitamina D apoiam desfechos materno-fetais, devendo seguir protocolos de rastreio e dose. Em idosos, proteína de alta qualidade, vitamina D, cálcio e creatina podem auxiliar na prevenção da sarcopenia, preservando funcionalidade e qualidade de vida. Riscos decorrem de automedicação, contaminação, interações medicamentosas e megadoses, sobretudo de vitaminas lipossolúveis; monitoramento clínico-laboratorial é recomendado. A discussão reforça a individualização, integrando estado clínico, hábitos alimentares, objetivos e custo-benefício. Conclui-se que a suplementação deve atuar como recurso complementar e temporizado, ancorado em evidências e orientação profissional, sem substituir um padrão alimentar variado e equilibrado. A adoção de rotinas de acompanhamento, educação nutricional e revisão periódica das doses potencializa resultados e reduz eventos adversos graves.