Competências do enfermeiro na gestão de pacientes submetidos ao tratamento teranóstico: cuidado personalizado e multidisciplinar

Resumo

A terapia teranóstica tem ganhado destaque na medicina nuclear por aliar diagnóstico e tratamento em uma única abordagem, utilizando radiofármacos que se ligam a alvos tumorais específicos, proporcionando intervenções mais precisas e menos invasivas. Nesse contexto, destaca-se a atuação do enfermeiro como uma peça fundamental para a segurança e qualidade da assistência prestada. Deste modo, o objetivo geral deste trabalho foi investigar as competências do enfermeiro na gestão de pacientes submetidos ao tratamento teranóstico, com foco no cuidado personalizado e multidisciplinar. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com abordagem qualitativa, realizada entre março e setembro de 2025. As buscas foram feitas nas bases LILACS, PubMed, MEDLINE, SCIELO e BDENF, com critérios de inclusão voltados a artigos publicados entre 2020 e 2025, disponíveis na íntegra e que abordassem a atuação da enfermagem nesse contexto. Os resultados demonstraram que o enfermeiro desempenha funções essenciais na administração dos radiofármacos, no monitoramento dos pacientes, na aplicação de protocolos de biossegurança e na orientação da equipe e dos usuários. Também foram identificadas dificuldades, como a falta de capacitação específica, riscos à saúde ocupacional e desafios emocionais no cuidado oncológico. Conclui-se que o desenvolvimento de competências técnicas, científicas e emocionais é indispensável para garantir uma assistência segura, eficaz e humanizada. A formação continuada, a atuação interdisciplinar e o fortalecimento da educação em radioproteção se mostram fundamentais para a qualificação da prática de enfermagem em medicina nuclear.