Os benefícios dos grupos de apoio no tratamento de pacientes na Unidade Básica de Saúde e na comunidade
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2745Palavras-chave:
Grupos de apoio, Atenção Primária à Saúde, Unidades Básicas de Saúde, Doenças crônicas, Saúde mentalResumo
O presente estudo consiste em uma revisão exploratória integrativa de literatura, e analisa evidências sobre a contribuição dos grupos de apoio na Atenção Primária à Saúde (APS) como estratégia de fortalecimento do cuidado integral, da adesão terapêutica e do suporte psicossocial.” Nesses encontros, surgem confiança, apoio mútuo e motivação para cuidar da própria saúde, fortalecendo o vínculo com a equipe o que torna o tratamento mais leve e contínuo. Objetivo: Evidenciar a efetividade dos grupos de apoio e tratamento para os pacientes que utilizam a Atenção Primária à Saúde (APS) por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na comunidade. Metodologia: A metodologia seguiu seis etapas principais e utilizou a estratégia PICO (Paciente: atendidos na UBS e comunidade; Intervenção: participação em grupos de apoio; Desfecho: melhora do estado clínico, emocional, social ou na adesão ao tratamento) para definir a questão norteadora. A busca eletrônica foi realizada nas bases de dados Google Scholar, BVS, SciELO, PubMed e EbscoHost, resultando na seleção de 22 artigos para a análise final. Resultados: O estudo aponta que os grupos de apoio são uma estratégia potente e multifacetada na APS e nas comunidades, sendo essenciais para melhorar a adesão terapêutica, favorecer o autocuidado e otimizar o controle de doenças crônicas como hipertensão e diabetes. Conclusão: Os grupos promovem o bem-estar e a funcionalidade, especialmente em idosos, além de fortalecerem o apoio matricial em saúde mental e ampliarem o acesso a práticas coletivas. Esses espaços geram acolhimento emocional, vínculo e senso de pertencimento, inclusive em grupos online, e seu engajamento atua como ponte entre serviços de saúde e redes comunitárias, fortalecendo a integração e a continuidade terapêutica. A despeito de desafios estruturais e desigualdades que comprometem a continuidade do cuidado, o impacto positivo dos grupos reforça sua relevância.
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