Estratégias de Terapia Nutricional e o Risco de Síndrome de Realimentação em Pacientes Críticos: Uma Revisão Integrativa
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2765Palavras-chave:
Síndrome de Realimentação, Hipofosfatemia, Terapia Nutricional, Paciente CríticoResumo
A Síndrome de Realimentação (SR) é uma condição clínica potencialmente fatal, caracterizada por alterações metabólicas e eletrolíticas graves que surgem após a reintrodução de calorias em pacientes que sofreram privação alimentar ou desnutrição prolongada. A marca registrada da SR é a hipofosfatemia, mas a síndrome também engloba hipomagnesemia, hipocalemia, deficiência de tiamina e retenção de líquidos. A incidência da SR varia amplamente (0% a 80%), o que se deve à disparidade nos critérios diagnósticos utilizados. O objetivo desta revisão integrativa é sintetizar as evidências sobre a influência das diferentes estratégias de terapia nutricional (TN) no risco de SR e nos desfechos clínicos em pacientes críticos. A metodologia da revisão integrativa é uma ferramenta ímpar no campo da saúde por sintetizar investigações e fundamentar a prática em conhecimento científico. Os resultados indicam que o risco de hipofosfatemia aumenta significativamente após o início da TN, sendo a nutrição parenteral (NP) mais associada a esse risco do que a nutrição enteral (NE). As diretrizes de consenso (NICE/ASPEN) recomendam, para pacientes de alto risco, o início da realimentação com restrição calórica (5 a 10 kcal/kg/dia), avançando lentamente para evitar complicações. Uma controvérsia relevante foi identificada quanto ao aporte proteico inicial: um estudo correlaciona a alta ingestão proteica precoce com o aumento da mortalidade em seis meses em pacientes com hipofosfatemia de realimentação (RH), enquanto outro sugere que o aumento da proteína reduz o risco de SR em pacientes com COVID-19. Conclui-se que o manejo nutricional da SR em pacientes críticos exige cautela, priorizando a restrição calórica inicial e o monitoramento rigoroso dos eletrólitos, ressaltando a urgência na padronização da definição da síndrome.
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