Promoção da prática de pilates para gestantes na atenção primária: um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.8023784Palavras-chave:
Pilates. Promoção da saúde. Atenção primária. Gestantes. Atividade física.Resumo
Ao longo do período gestacional a mulher passa por diversas modificações físicas e emocionais, ocorrem mudanças em quase todos os sistemas, inclusive no sistema musculoesquelético. Ao praticar o Método Pilates as gestantes recebem como benefícios a melhora da dor nas regiões lombar e pélvica, uma vez que a prática propicia uma estabilidade articular, muscular e ligamentar. Este relato teve como objetivo geral apresentar a criação de um grupo para a promoção da prática do Método Pilates voltado para grávidas por um profissional de enfermagem e de fisioterapia, e como objetivos específicos descrever as observações da vivência em grupo realizada com gestantes e mostrar os benefícios do Método Pilates para grávidas. Trata-se de um estudo descritivo e qualitativo, do tipo relato de experiência desenvolvido por um enfermeiro e uma fisioterapeuta, residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, da Escola de Governo da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), tendo como cenário uma Unidade Básica de Saúde da região administrativa do Recanto das Emas de Brasília, Distrito Federal. Todas as gestantes atendidas e escolhidas para o grupo tinham queixas em comum. Após finalizado o grupo, as gestantes foram reavaliadas individualmente em suas respectivas consultas de pré-natal, sendo essa reavaliação baseada apenas considerando os relatos verbais que as mesmas trouxeram, sendo eles: diminuição da dor lombar e dor pélvica, melhoras posturais, além de, afirmarem maior flexibilidade e leveza corporal, benefícios estes já identificados por outros autores que usaram o Método Pilates como terapêutica em grupos. O Método Pilates mostrou-se como uma alternativa eficaz para a diminuição das queixas apresentadas pelas gestantes, e também uma ferramenta importante para a melhoria da qualidade de vida. O trabalho interprofissional é extremamente importante dentro da Atenção Primária em Saúde (APS) e para que ele ocorra na prática, é comum a criação de vínculos entre os profissionais envolvidos para que haja maior resolução de problemas e demandas de saúde. Sendo assim, foi possível trazer um método que é prioritariamente inacessível para a população desfavorecida economicamente, inserindo-o em um cenário público pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS) possibilitando que esse método fosse democratizado mesmo que por um curto período de tempo.
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