Auto-objetificação em mulheres universitárias transgênero, travestis e não binárias
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.8066517Palavras-chave:
self-objectification, university students, gender, feminilitiesResumo
A auto-objetificação refere-se à internalização do olhar do outro sobre o próprio corpo. A partir de estudos de Frederickson e Roberts (1997) percebe-se que, na cultura machista, pessoas são coisificadas, o corpo torna-se sexualmente objetificado, controlado, “alvo de olhares e críticas”. Quanto maior a objetificação, maior é o impacto sobre a saúde mental acarretando ocorrência de inúmeros quadros, como transtornos alimentares, ansiedade, depressão, estresse e outros. Há poucas pesquisas acerca da auto objetificação em mulheres universitárias e menos ainda sobre a auto objetificação em mulheres universitárias não hetero transgênero, travestis e não binárias. Este trabalho objetiva mensurar a auto-objetificação em mulheres universitárias não hetero normativas. Observou-se (1) há alta objetificação em mulheres universitárias transgênero, travestis e não binárias. (2) A maior média de auto-objetificação foi com mulheres travestis universitárias, (3) Há necessidade de serem estabelecidas políticas voltadas para relações de gênero não heterocentrada
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