O desafio da depressão pós-parto (DPP): da complexidade do diagnóstico à assistência de Enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v6i13.840Palavras-chave:
Depressão pós-parto, Enfermagem obstétrica, Enfermagem materno-infantilResumo
A depressão pós-parto (DPP) é uma condição que afeta as mulheres após o parto, manifestando-se por meio de transtornos emocionais associados ao período pós-parto. Essa condição pode se manifestar através de sintomas como intensa tristeza, rejeição ao recém-nascido e outros problemas que influenciam diretamente o estado de saúde da mulher. Tais manifestações, por conseguinte, impactam negativamente no relacionamento inicial entre a mãe e o recém-nascido. O objetivo deste trabalho é, com base na literatura recente, fazer uma reflexão sobre a depressão pós-parto e as complexidades do diagnóstico, bem como a importância da atuação do enfermeiro na identificação precoce, intervenção e manejo. A pesquisa dos artigos foi realizada em bases de dados eletrônicos disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LiLACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed), Acervo+ Index Base, Base de Dados em Enfermagem (BDEnf), e Google Acadêmico. Para a coleta dos estudos, foram empregados os descritores "depressão pós-parto", "enfermagem obstétrica" e " cuidado materno-infantil ". Para delimitação dos conteúdos foram utilizados critérios de inclusão: artigos disponíveis na integra, em português e inglês, no período de 2015 a 2023, com acesso gratuito e que tivessem pertinência com o tema. As considerações finais destacam a complexidade da depressão pós-parto (DPP), ressaltando a importância da abordagem holística nos cuidados. A análise abrangente dos fatores de risco sublinha a necessidade de intervenções multidisciplinares e a atuação dos enfermeiros na identificação precoce e promoção de medidas preventivas. Os impactos da DPP na saúde materna e no desenvolvimento infantil evidenciam a importância do suporte emocional, da educação e da implementação de políticas públicas. A pesquisa contínua é essencial para aprimorar a assistência de enfermagem, adaptando-se às necessidades individuais e promovendo a conscientização sobre a DPP.
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