A prática do ensino de filosofia como proposta de intervenção na depredação do patrimônio público escolar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v7i14.950

Palavras-chave:

Depredação no ambiente escolar, Práticas de ensino, Atividade filosófica, Educação, Práticas educacionais

Resumo

O presente trabalho tem por finalidade sugerir uma proposta de atividade filosófica a partir da leitura e reflexão do texto “Oração fúnebre de Péricles”, para buscar sanar um problema que, ao longo dos anos, vem se tornando cada vez mais intenso, como é o caso da depredação do patrimônio público escolar. Problema que se apresenta da seguinte forma: diante do quadro de abando e indiferença, principalmente por parte dos alunos, como a filosofia pode contribuir para amenizar a desvalorização para com o patrimônio público escolar? Ou seja, de que maneira a filosofia pode estimular um sentimento de pertença, por parte dos alunos de nível médio das escolas públicas estaduais, em relação ao ambiente escolar? Para dirimir esta questão, o trabalho se estrutura em três seções. Na primeira, a atenção se voltou para a exposição do quadro de depredação no qual muitos colégios se encontram, com base nas pesquisas desenvolvidas por professores da rede pública estadual de educação apoiados pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Em seguida, apresenta-se a filosofia enquanto saber de formação, ou seja, enquanto modalidade de conhecimento que procura, por meio de suas peculiaridades, demonstrar como é possível, a partir da reflexão filosófica e de um processo de formação humana, buscar resolver a problemática do vandalismo por parte de muitos alunos e a questão da indiferença por parte de alguns professores insensíveis ao problema. Na terceira, por fim, a proposta didático-filosófica é apresentada como sugestão de intervenção. Ela se divide em duas etapas na qual a primeira tem por objetivo a leitura, interpretação e reflexão do texto filosófico em sala de aula, na segunda, a parte prática, que estimula os alunos a proporem projetos de mudanças num ambiente do qual fazem parte durante um longo período de tempo, na perspectiva de deixarem o seu legado. Com isso, espera-se não só contribuir para o enriquecimento de propostas de atividades voltadas para o ensino de filosofia nas aulas do ensino médio, mas também contribuir para um ideal de pessoa humana que se perceba pertencente à determinada comunidade e valorize o legado cultural recebido, como é o caso da instituição escolar.

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Biografia do Autor

Alexandre Souza Franco, Universidade Estadual de Maringá

[Lattes]
É Graduado e Licenciado em Filosofia pela PUCPR, Especialista em Ensino de Filosofia pela UFPR, com Especialização também, em Metodologia do Ensino de Sociologia e Filosofia pela FCE. Mestre em Educação pela UEM. Atualmente desenvolve atividades de ensino e pesquisa na área de Filosofia, Educação, Filosofia da Educação, com ênfase em Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação, História da Filosofia, História da Educação. Filosofia Antiga e Medieval, Filosofia Existencialista, Filosofia da Religião, Ética e Humanidades.

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Publicado

2024-02-28

Como Citar

FRANCO, A. S. A prática do ensino de filosofia como proposta de intervenção na depredação do patrimônio público escolar. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 7, n. 14, p. e14950, 2024. DOI: 10.55892/jrg.v7i14.950. Disponível em: http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/950. Acesso em: 27 abr. 2024.

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