Impactos da proibição do art. 34, § 3° do estatuto da criança e adolescente na adoção e no melhor interesse da criança
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v7i14.1255Palavras-chave:
Convivência, Legalidade, Acolhimento, ProteçãoResumo
Este artigo examina como a proibição estabelecida no art. 34 Parágrafo 3º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que impede a adoção por parte das famílias acolhedoras, influencia de maneira negativa a busca pelo melhor interesse da criança? A legislação atual impede que essas famílias se inscrevam no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e adotem as crianças sob seus cuidados. O estudo concentra-se na interferência dessa proibição nos princípios do ECA, que priorizam a dignidade, o bem-estar e o melhor interesse da criança ou adolescente. Por meio de análises bibliográficas e doutrinárias sobre Direito de Família, Direito Constitucional e Estatuto da Criança e do Adolescente, e utilizando um método qualitativo, o estudo destaca os benefícios do acolhimento familiar como uma via para a adoção. Conclui-se que a proibição existente beneficia os interesses dos pretendentes do cadastro de adoção em detrimento do melhor interesse da criança, sugerindo a necessidade de reformas legislativas para proteger esses interesses. Laços afetivos profundos formados durante o acolhimento indicam que muitas vezes é melhor para a criança permanecer com a família acolhedora.
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