Impactos da proibição do art. 34, § 3° do estatuto da criança e adolescente na adoção e no melhor interesse da criança

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v7i14.1255

Palavras-chave:

Convivência, Legalidade, Acolhimento, Proteção

Resumo

Este artigo examina como a proibição estabelecida no art. 34 Parágrafo 3º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que impede a adoção por parte das famílias acolhedoras, influencia de maneira negativa a busca pelo melhor interesse da criança? A legislação atual impede que essas famílias se inscrevam no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e adotem as crianças sob seus cuidados. O estudo concentra-se na interferência dessa proibição nos princípios do ECA, que priorizam a dignidade, o bem-estar e o melhor interesse da criança ou adolescente. Por meio de análises bibliográficas e doutrinárias sobre Direito de Família, Direito Constitucional e Estatuto da Criança e do Adolescente, e utilizando um método qualitativo, o estudo destaca os benefícios do acolhimento familiar como uma via para a adoção. Conclui-se que a proibição existente beneficia os interesses dos pretendentes do cadastro de adoção em detrimento do melhor interesse da criança, sugerindo a necessidade de reformas legislativas para proteger esses interesses. Laços afetivos profundos formados durante o acolhimento indicam que muitas vezes é melhor para a criança permanecer com a família acolhedora.

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Biografia do Autor

Stefhany Oliveira Azevedo, Faculdade Serra do Carmo, TO, Brasil

Graduanda em Direito pela Faculdade Serra do Carmo.

Guilherme Augusto Martins Santos, Faculdade Serra do Carmo, TO, Brasil

Mestre em Direito pelo Centro Universitário de Brasília. Pós-graduação em nível de Especialização em Direito Civil e Processo Civil pela Católica do Tocantins e Especialização em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes.

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Publicado

2024-06-18

Como Citar

AZEVEDO, S. O.; SANTOS, G. A. M. Impactos da proibição do art. 34, § 3° do estatuto da criança e adolescente na adoção e no melhor interesse da criança. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 7, n. 14, p. e141255, 2024. DOI: 10.55892/jrg.v7i14.1255. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/1255. Acesso em: 3 jul. 2024.

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