Prematuridade: identificação de fatores de risco maternos e abordagens preventivas
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1449Palavras-chave:
Gravidez de Alto Risco, Recém-nascido, prematuro, enfermagem, fatores de riscoResumo
A prematuridade, caracterizada pelo nascimento antes da 37ª semana de gestação, representa um dos principais desafios na saúde materno-infantil, associando-se a múltiplos fatores de risco, incluindo condições socioeconômicas desfavoráveis, patologias pré-existentes e fatores psicossociais. Este estudo tem como objetivo identificar, por meio de uma revisão da literatura nacional e internacional, os fatores de risco maternos relacionados à prematuridade e seus determinantes, visando contribuir para a prevenção dessa condição. A revisão bibliográfica foi conduzida a partir de uma pesquisa nas bases de dados Bireme e Google Acadêmico, com ênfase em estudos brasileiros. Foram identificados 57 artigos, dos quais 9 foram selecionados para análise aprofundada. A metodologia incluiu a análise de dados epidemiológicos sobre mortalidade infantil, partos prematuros e fatores de risco, com o intuito de delinear o perfil de mulheres mais suscetíveis a gestações pré-termo. As palavras-chave empregadas na pesquisa foram: “Gravidez de Alto Risco”, “Recém-Nascido”, “Prematuro”, “Enfermagem” e “Fatores de Risco”. Os resultados indicam que a identificação precoce dos fatores de risco maternos, como baixo nível socioeconômico e condições de saúde inadequadas, é fundamental para que os profissionais de enfermagem na Atenção Primária à Saúde (APS) implementem estratégias de prevenção eficazes. Isso é essencial para a redução da incidência de partos prematuros e para a melhoria dos desfechos de saúde materno-infantis.
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