TERAPIA COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DE BURNOUT
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.4361644Palavras-chave:
Análise do Comportamento. Síndrome de Burnout. Escalas de Medidas. Terapia Comportamental.Resumo
Objetivo: Este trabalho buscou analisar como a terapia comportamental pode ajudar no tratamento de pessoas com síndrome de burnout (SB). Não existe ainda um consenso em relação ao conceito de SB, mas o conceito mais aceito na sociedade científica é o de Maslach e Jakcson, e no Brasil, o único trabalho na ótica da Análise do Comportamento (AC) sobre o conceito de SB, mesmo assim conceitual é o de Schmitz (2015) e o de Schmitz, Soares (2020). Trata-se de uma doença antiga, provocada principalmente a partir da consolidação do modo de produção capitalista e mais recentemente, com o processo de globalização do trabalho. Por isso é importante analisar como os analistas do comportamento, em especial aqueles que lidam com a terapia comportamental com essa temática. Metodologia: Para tanto, procurou-se primeiro fazer um levantamento dos primeiros estudos feitos pelo psicólogo alemão naturalizado norte-americano, H. Freundenberg (1974) e os feitos por Malasch e seus colaboradores. Nesse sentido, o presente trabalho buscou não só conceituar SB sob a ótica da análise do comportamento, mas principalmente como os terapeutas comportamentais podem tratar essa doença com seus pacientes, sob um aspecto muldidisciplinar uma vez que, por enquanto somente a AC sozinha e a terapia comportamental não dá conta do tratamento, por isso, houve até mesmo a sugestão de técnicas vivenciais oriundas do Psicodrama que possam aumentar o repertório comportamental do indivíduo com SB, especialmente os professores.Dessa forma, o trabalho procurou afastar as concepções clínicas médicas e incorporar os conceitos da AC para melhor entender este problema que afeta milhares de profissionais no mundo inteiro, com isso, alguns conceitos da AC como operante e respondente, extinção, reforço e modelagem e controle aversivo, a partir do que foi elaborado pelo Behaviorismo Radical de Skinner. A metodologia utilizada foi uma busca nos principais portais do país e do mundo com descritores em língua portuguesa, inglesa e em espanhol, e argumentos lógicos. Resultados: Os resultados obtidos foram satisfatórios na medida em que foi possível através de concepções teóricas, elaborar estratégias de enfrentamento utilizando a terapia comportamental e o Psicodrama para melhorias clínicas das queixas trazidas pelos queixosos. Conclusões: Evidenciou-se que a pesquisa sobre aspectos terapêuticos comportamentais para ajudar pessoas com SB, necessita de pesquisas mais profundas, de preferência pesquisas experimentais que possam ser aplicadas no contexto clínico bem como as possibilidades de intervenções terapêuticas abrangentes e capazes de com essa problemática, além disso, trata-se de uma pesquisa que mostrou a capacidade da AC no âmbito do estudo da saúde mental, que pode ser mais ampla e abarcar várias doenças.
Downloads
Referências
Ahola, K.; Honkone, T.; Pirkota, S.; Isometsä, Kalino, R. et. all (2006). Alcohol dependence in relation to burnout among the Finnish working population. Addiction, 101(1), 1438-1443. DOI: https:// 10.1111/j.1360-0443.2006.01539.x
Algahtani,N.H.; Abdulazi,A.A.; Mendi,O.M & Mahfouz,M.E.H. 2020).Prevalence of burnout syndrome among students of health care colleges and its corelational to musculosketal disorder in Saudit Arabi. Internation Hournal Preventive Medicine,11(1), 11-38- DOI: https://doi.org/ 10.4103/ijpvm.IJPVM_295_19
Benevides-Pereira, A.M.T. (2015). Elaboração e validação do ISB ) – Inventário para avaliação da síndrome de burnout. Boletim, de Psicologia, 50(142). Recuperado em 07 de novembro de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432015000100006&lng=pt&tlng=pt.
Cadiz, B.T.G; Juan, C.S.; Rivero, A.M,; Herce, C.& Archucaro, C. (1997). "Burnout" profesional ¿Un problema nuevo? Reflexiones sobre el concepto y su evaluación. Revista de Psicología del Trabajo y de las Organizaciones, 13(1), 23-50.
Canter, M.B. & Freudenberg, L. (2001). Herbert J. Freudenberg (1926-1999). American Pschologist, 56(12),
Carlotto, M. S. (2002). A síndrome de Burnout e o trabalho docente. Psicologia em Estudo, 7(1), 21-29. DOI: https://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722002000100005
Freudenberg, H.J. (1973). American Pschologist, 48 (4), 356-358. DOi:10.1037/h0090736
Freudenberg, H. J. (1974). Staff and Burnout. Joirnal of Social Issues, 30(1), 159-165. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-4560.1974.tb00706.x
Gil-Monte, P.R. (2007). El síndrome de quemarse por el trabajo (burnout): Una perspectiva histórica. In P.R. Gil-Monte & B. Moreno, El síndrome de quemarse por el trabajo (burnout). Grupos profesionales de riesgo. (pp.22-41). Madrid: Pirámide.
Kristesen, T.S.; Borritz, M.; Villadesen, W. & Cristesen, K.B. (2005). The Copenhagen burnout inventory: a new tool for the assessment of burnout. Work & Stress,19(3), 192-207. DOI: https://doi.org/ 10.1080 /02678370500297720
Letterner, Harald W.. (1989). Com o que, de fato, a terapia comportamental trabalha?: um depoimento pessoal de um terapeuta comportamental. Psicologia: Ciência e Profissão, 9(2), 35-36. DOI: https://dx.doi.org/10.1590/S1414-98931989000200012
Lerman,Y.; Melamed,S,. Shiragim,Y.; Kushnir, Y,Rotgoltz, Y et al, (1999),Association between burnout at work and leukocyte adhesiveness/aggregation. Psychosomatic Medicine 61:828–833. DOI: https://doi.org/10.1097/00006842-199911000-00017
Lindsley, O.; Skinner, B.F.; & Salomon, H.C. (1953). Studies in Behavior Therapy ( status report I). Walthama, MA.: Metropolitan State Hospital.
Martin, D. (1999). Hebert Freudenberg.73, Coiner of 'Burnout,' Is Dead," New York Times (obituary). https://www.nytimes.com/1999/12/05/nyregion/herbert-freudenberger-73-coiner-of-burnout-is-dead.html
Maslach, C. & Jackson, S. E. (1981). The measurement of experienced burnout. Journal
of Occupational Behavior, 2(2), 99-113. DOI: https://doi.org/10.1002/job.4030020205
Maslach, C. Schaufeli, W.B.; & Leiter,M.P; ( 2011). ob burnout. Annual Review of Psychology, v. 52, p. 397-422. DOI: https://146/annurev.psych.52.1.397.
Mercedes, A.M.T.; Coelho,J.M.F.; Servo,M.L.S.; Marques, S.C. & D’ Oliveira Júnior, A. ( 2019). Scientific evidence on the association between burnout and metabolic syndrome: integrative review. Acta Paulista de Enfermagem, 32(4), 470-476. DOI: .https://doi.org/10.1590/1982-0194201900064
Nuari,N.A.; Midayti, D.; Lestari, L.P.; & Destri, C. (2019). Diabetes Burnout Syndrome and its relationships to the recilliency of efficacy Diabetes Mellitus Type 2 patients. Reserchgate, 1-5.
Pines, A.M.; Aronson, E. (1981). Burnout: from tedium to personal growth. New York: Free Press
Prosdócimo, Lucina, Márcia, Jobs, Schio etl al (2015). Prevalence of Burnout Syndrome in Pacients admitted with acute Coronary Syndrome. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, 104(3), 2018-225. DOI: https: doi.org/10.5935/abc.20140196
Ruviara, M.F.S. & Bardagi, M.P.(2010). Sindrome de burnout e satisfação no trabalho em profissionais da área de enfermagem do interior do RS. Barbaroi, 33, 194-216. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/barbaroi/n33/n33a12.pdf
Schmitz, G.A. (2015). Síndrome de burnout: uma proposta de análise sob enfoque analítico-comportamental. Dissertação de Mestrado em Psicologia. Londrina/PR, Universidade Estadual de Londrina, Londrina. Recuperado em http://www.uel.br/pos/pgac/wp-content/uploads/2015/10/S%C3%ADndrome-do-burnout-uma-proposta-de-an%C3%A1lise-sob-enfoque-anal%C3%ADtico-comportamental.pdf.
Schmitz, G.A.; Soares, M.R.Z. (2020). Síndrome de Burnout: Uma proposta de análise sob a perspectiva Analítico-Comportamental (pp.19-32). In: Alessandra Turini Bolsoni-Silva et al.. (Org.). Comportamento em foco - Vol. 10. 1ed.São Paulo: ABPMC, 2020, v. 10.
Schutte, N., Toppinen, S., Kalimo, R., & Schaufeli, W. (2000). The factorial validity of the Maslach Burnout Inventory / General Survey (MBI-GS) across occupational groups. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 73, 53/66. DOI: https://doi.org/10.1348/096317900166877
Shirom, A. (2003). Job-related burnout: a review (pp. 245-265). In: QUICK, J. C.; TETRICK, L. E. (Ed.). Handbook of occupational health psychology. Washington, DC: American Psychological Association.
Urich, K (2006). “Burned out". Scientific American Mind. 17 (3): 28–3. DOI: https://10.1038/scientificamericanmind0606-28
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.