Política e extermínio de povos indígenas na ditadura militar: uma análise das instituições SPI e FUNAI através do Relatório Figueiredo
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.8341383Palavras-chave:
Ditadura Militar, Indígenas, SPI, Relatório FigueiredoResumo
Considerados como perdidos em um incêndio de origens duvidosas por mais de quarenta anos, o Relatório Figueiredo fora redescoberto pelo vice-diretor do Tortura Nunca Mais em meados de 2012, com mais de sete mil páginas, em que pode-se encontrar nele das mais perversas e cruéis níveis de denúncias contra o Estado durante a Ditadura Militar no Brasil e suas políticas de extermínio para a população indígena através das instituições Serviço de Proteção aos índios (SPI) e posteriormente Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Oficialmente especula-se que mais de 8.000 indígenas entre 1946 a 1988 morreram por negligência do Estado, sendo considerado o maior escândalo daquele século pela imprensa da época. O presente trabalho tem como objetivo analisar quais foram essas políticas que escandalizaram a sociedade em nível mundial, e para isto, em um primeiro momento será necessário a contextualização sobre o meio histórico-social que esse grupo fora submetido com a chegada dos portugueses no país e por qual motivo se fez necessário criar uma instituição de proteção dos seus direitos. Por conseguinte, será investigado a história da instituição SPI e informar como ela fora responsável e/ou compactuou com um extermínio, para que, finalmente, se possa relatar e descrever algumas dessas políticas que ocasionaram ao fechamento do SPI e abertura da FUNAI, afim de silenciar esse escândalo para que o Estado pudesse continuar na surdina a cometer crimes contra a propriedade e a pessoa indígena.
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