Síndrome de burnout nos técnicos de enfermagem do estado de Sergipe atuantes no período da pandemia de Covid-19: prevalência e fatores de risco associados
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.8407612Palavras-chave:
Síndrome de Burnout . Técnicos de Enfermagem. COVID-19.Resumo
Introdução: Os profissionais de saúde lidam a todo o tempo com a morte e com as decisões difíceis que podem afetar seu bem estar físico e mental. A Síndrome de Burnout (SB) trata-se de uma doença de ordem psicossocial que aparece como resposta aos estressores interpessoais de natureza crônica que estão relacionados ao meio laboral. A pandemia da COVID 19 trouxe, portanto, novos desafios, em especial no âmbito da saúde, causando o esgotamento de profissionais da área e culminando com o aumento da SB neste grupo. Objetivo: Identificar e avaliar a prevalência e os fatores de risco para Síndrome de Burnout nos técnicos de enfermagem do estado de Sergipe atuantes no período da pandemia de COVID-19. Metodologia: Estudo transversal, quantitativo, com 150 técnicos e auxiliares de enfermagem que trabalhavam com pacientes com COVID-19, em Sergipe (2021-2022), realizado via Google Forms, mediante Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Avaliou-se perfil sociodemográfico e profissional, e aplicou-se o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp – ISSL. Adotou-se teste Qui-Quadrado ou Exato de Fisher, com tamanho de efeito por Razão de Chances (RC). Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer número 4.578.896. Resultados: Tratando-se do risco de burnout, a prevalência foi de risco reduzido (44,7%), seguido do risco moderado (36,7%) e grave (18,7%). As variáveis analisadas mais associados a Síndrome de Burnout em técnicos e auxiliares de enfermagem foram : a faixa etária (p=0,03), a associação entre sentir-se ou não ansioso ao estar com pacientes com COVID-19 (p<0,001) sendo que a ansiedade aumenta em 2,46 vezes (IC95%=1,16; 5,25) mais chances de terem risco moderado de burnout e 4,62 vezes (IC95%=1,80; 11,87) mais chances de terem risco elevado, o prejuízo na qualidade do sono (p=0,06) tendo 2,16 vezes (IC95%=1,01; 4,64) de apresentarem risco moderado de burnout, profissionais que passaram por algum conflito familiar possuem 4 vezes (IC95%=1,56; 10,23) mais chances de risco elevado de burnout comparados àqueles que não tiveram conflitos, profissionais que passaram por algum conflito com a equipe possuem 4,62 vezes (IC95%=1,80; 11,87) mais chances de risco elevado e 3,34 vezes (IC95%=1,53; 7,30) mais chances de terem risco moderado de burnout. Conclusão: Verificou- se a presença de todos os níveis de risco de burnout nos técnicos e auxiliares de enfermagem, em que a maioria apresentou risco reduzido, seguido de moderado e grave, tendo associação significativa com faixa etária, ter tido conflito familiar e com a equipe, prejuízo no sono e sentir-se ansioso ao atuar na pandemia.
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