A Violência obstétrica em mulheres soropositivas com HIV: O papel do enfermeiro frente a discriminação e o preconceito
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v6i13.752Palavras-chave:
Violência Obstetrícia, Enfermagem, HIVResumo
Este estudo aborda a problemática da discriminação e do preconceito enfrentados por pessoas soropositivas ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) no momento do parto. Esta é uma questão que vai além do âmbito da saúde física, adentrando as esferas dos direitos humanos e da igualdade social. O objetivo da pesquisa fora entender o papel da enfermagem diante desse tipo de violência. Para isso, a pesquisa adotou uma abordagem indutiva, utilizando análise documental e pesquisa bibliográfica como principais métodos de coleta e análise de dados. Essa metodologia é apropriada para investigações qualitativas que buscam compreender fenômenos complexos em profundidade. Ao analisar como o estigma relacionado ao HIV pode influenciar a assistência durante o parto, o estudo lança luz sobre uma área muitas vezes negligenciada nas discussões sobre saúde reprodutiva. As narrativas das vítimas anonimatos refletem uma realidade que pessoas soropositivas frequentemente enfrentam: a violação de sua autonomia e direitos reprodutivos devido a preconceitos enraizados. Além disso, o notou-se a importância de políticas públicas e leis que garantam os direitos reprodutivos das pessoas soropositivas. A proteção desses direitos é fundamental para garantir que elas possam tomar decisões informadas sobre sua saúde e família, sem serem discriminadas ou estigmatizadas. A pesquisa também destaca a necessidade contínua de conscientização e sensibilização em relação ao HIV. A sociedade precisa entender que o estigma não apenas prejudica as pessoas soropositivas, mas também enfraquece os princípios fundamentais de igualdade, dignidade e direitos humanos.
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