Instrumentos de ensino de botânica para o ensino médio: o jardim escolar como sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v7i14.935

Palavras-chave:

Sistemática, Nomenclatura botânica, Taxonomia, Nomenclatura científica

Resumo

O artigo apresenta uma sequência didática realizada com estudantes do ensino médio em uma instituição privada situada em Manaus, Amazonas.  O objetivo foi realizar o levantamento florístico das espécies existentes no jardim escolar, gerando subsídios para o ensino de botânica, em especial os conteúdos de classificação biológica, taxonomia e sistemática. Para isso, foi estruturada uma sequência didática dividida em 5 etapas em aulas de 50 a 100 minutos, tais como conceitos de diversidade biológica, oficina de nomenclatura científica, visitas ao jardim da escola, levantamento e identificação das espécies e análise dos dados. A elaboração da sequência didática possibilitou que os estudantes compreendessem as distinções entre as nomenclaturas popular e científica, por meio de métodos ativos para identificar as espécies presentes no jardim escolar. A análise do conhecimento prévio dos alunos revelou uma deficiência na compreensão dos conceitos de botânica e nomenclatura científica. Isso indica a necessidade de uma metodologia de ensino mais integrada e relevante para a realidade dos estudantes, promovendo uma conexão entre os conceitos biológicos e o meio ambiente. Tal abordagem tende a ser mais efetiva e motivadora, melhorando a compreensão dos alunos sobre as características dos diferentes grupos de organismos de forma integrada e lógica, evitando a memorização desconectada de conceitos e características.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Wellison Rafael de Oliveira Brito, Universidade Federal do Amazonas

[Lattes]
Graduado em Ciências Biológicas; Mestre em Ciências Biológicas (PPGBOT – INPA); Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPGCASA – UFAM); Professor de Biologia na Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar do Amazonas (SEDUC-AM).

Anna Carla de Castro Paixão, Secretaria de Educação do Estado do Amazonas, AM, Brasil

[Lattes]
Graduada em Ciências Biológicas; Mestra em Ciências Biológicas (PPGATU – INPA); Professora de Biologia na Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar do Amazonas (SEDUC-AM).

Diana Nunes de Oliveira, Universidade Federal do Amazonas

[Lattes]
Graduada em Ciências Biológicas; Mestra em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Amazonas (PPGECIM – UFAM); Mestra em Ciências Biológicas (PPGBOT – INPA); Professora de Biologia na Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar do Amazonas (SEDUC-AM).

Joicy Falcão de Sousa, Universidade Federal do Amazonas

[Lattes]
Graduada em Ciências Biológicas; Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPGCASA – UFAM); Professora de Ciências na Secretaria Municipal de Educação do Amazonas (SEMED-AM).

Referências

BARBOSA, D. S.; INÁCIO, H. F. Educação ambiental e práticas pedagógicas: a jardinagem e horta escolar como instrumentos de estudo da paisagem. In: XVIII Encontro Nacional de Geógrafos, 2016, Anais... São Luís/PT.

BELINI, M. Epistemologia da biologia: para se pensar a iniciação do ensino de ciências biológicas. Brasília: Revista brasileira de estudos pedagógicos. v. 88, n. 218, p. 30-47, jan./abr. 2007.

BIZZO, N. Ciência Fácil ou Difícil? São Paulo: Editora Ática. (2002).

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. v. 4. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Orientações educacionais complementares para o ensino médio. Brasília: MEC, 2006.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Ensino Médio. Brasília: MEC, 2018.

BRITO, W. R. O.; OLIVEIRA, D. N. Jardim Digital: uma proposta de Ensino de Educação Ambiental para o ensino médio. E-book VIII ENEBIO, VIII EREBIO-NE E II SCEB: Itinerários de resistência: pluralidade e laicidade no Ensino de Ciências e Biologia. 1ed.Campina Grande: Realize editora, 2021, v., p. 291-301. Disponível em: http://dx.doi.org/10.46943/viii.enebio.2021.01.324

CARVALHO, A. M. P. Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

COUTINHO, F. A.; GOULART, M. I. M.; MUNFORD, D.; RIBEIRO, N. A. Seguindo uma lupa em uma aula de ciências para a educação infantil. Investigações em Ensino de Ciências, v. 19, n. 2, p. 381-402, 2014.

DE SOUZA, F. P. A; PAIVA, A. M. S. Utilização de levantamento florístico como ferramenta para educação ambiental. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, v. 7, n. 6, 2011.

KNUPP, V.F.; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. 2° ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2014.

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

LIPORINI, T. Q. O ensino de sistemática e taxonomia biológica no ensino médio da rede estadual no município de São Carlos. Bauru. 2016, 202 f. Dissertação (Mestrado em Educação para a Ciência)  Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2016.

LORENZI, H. Plantas para jardim no Brasil: herbáceas, arbustivas trepadeiras. 2° ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2013.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas. 2° ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2008.

MMA-Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas. Espécies Exóticas Invasoras. 2008. Disponível em: http://www.mma.gov.br. Acesso: 10 jan. 2024.

MORAES, L. A.; MACHADO, R. R. B.; ARAÚJO, M. F. V. O babaçu na zona urbana de Teresina/PI: distribuição e viabilidade paisagística. Revista Equador, v.4, n.4, p.112-132, 2015.

MOURA, T. S. C. Zoochauvinismo, educação e o pedagogo: tecendo saberes. Artigo UFRN, Natal, abr. 2021.

OLIVEIRA, T. et al. Compreendendo a aprendizagem da linguagem científica na formação de professores de ciências. Educ. rev., Curitiba , n. 34, p. 19-33, 2009 .

SALATINO, A.; BUCKERIDGE, M. “Mas de que te serve saber botânica?”. Estudos Avançados, v.30, n.87, p.177-96, 2016.

SANTOS, C. M. D. & CALOR, A. R. Ensino de biologia evolutiva utilizando a estrutura conceitual da sistemática filogenética – I. Ciência & Ensino, vol. 1, n. 2, 2007.

TATAGIBA, S. D.; S.; DOS SANTOS, P; P. S.; BULHÕES, A. B. da. S.; VEIGA, A. C. S.; FIGUEREDO, N. D.; SILVA, I. da.; SOUZA, A. C. M. de. Aspectos florísticos e atributos quali-quantitativos da vegetação da Praça Central do bairro Vila Permanente em Tucuruí- PA. Scientific Electronic Archives, Pará, v. 15, n. 10, p.1- 11, 2022. Disponível em: https://sea.ufr.edu.br/SEA/article/view/1614. Acesso: 2 jan. 2024.

TRINDADE, S. A palmeira: Jardinagem e Paisagismo. 2010. Disponível em:< https://jardinagemepaisagismo.com/as-palmeiras/>. Acesso em: 29 jan. 2024

URSI, S; BARBOSA, P. P; SANO, P. T; BERCHEZ, F.A.S. Ensino de Botânica: conhecimento e encantamento na educação científica. Estudos Avançados, v. 32, n. 94, p. 7-24, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/s0103-40142018.3294.0002.

VERRANGIA, D.; GONÇALVES–E–SILVA, P. B. Cidadania, relações étnico–raciais e educação: desafios e potencialidades do ensino de Ciências. Educação e Pesquisa, v. 36, n. 3, p. 705-718, 2010.

WILSEK, M. A. G.; TOSIN, J. A. P. Ensinar e aprender ciências no ensino fundamental com atividades investigativas através da resolução de problemas. Portal da Educação do Estado do Paraná, p. 1686-8, 2009. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1686-8.pdf>. Acesso em: 06 fev 2024.

Downloads

Publicado

2024-02-09

Como Citar

BRITO, W. R. de O.; PAIXÃO, A. C. de C.; OLIVEIRA, D. N. de; SOUSA, J. F. de. Instrumentos de ensino de botânica para o ensino médio: o jardim escolar como sala de aula. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 7, n. 14, p. e14935, 2024. DOI: 10.55892/jrg.v7i14.935. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/935. Acesso em: 21 nov. 2024.

ARK