Abordagem nas assimetrias cranianas posicionais em recém-nascidos hospitalizados: proposta de protocolo de identificação multiprofissional
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.2040Palabras clave:
Assimetrias cranianas, Plagiocegalia posicional, terapia intensiva, intervenção precoce, neurodesenvolvimentoResumen
Introdução: As assimetrias cranianas posicionais são alterações no formato da cabeça, especialmente, comuns em recém-nascidos prematuros devido à maleabilidade óssea e ao menor controle cervical. Fatores como hospitalizações prolongadas, prematuridade, posicionamento intrauterino, via de parto, gestação múltipla, dentre outros, influenciam significativamente para o surgimento dessas deformidades, que impactam o desenvolvimento infantil. Nesse sentido, compreender o impacto da internação hospitalar dos bebês constitui um começo para reflexões e possibilita o delineamento de ações, dentro da equipe multidisciplinar, voltadas para um cuidar que minimize cada vez mais os efeitos adversos do ambiente hospitalar. Objetivo: Elaborar um protocolo de identificação multiprofissional nas assimetrias cranianas posicionais em recém-nascidos hospitalizados. Metodologia: Este estudo utilizou uma revisão de literatura em bases de dados científicas, além de textos clássicos e materiais educativos sobre o tema. Foram incluídos artigos publicados entre 2014 e 2024, em português, inglês e espanhol, focados na avaliação de bebês com risco ou diagnóstico de assimetrias cranianas. Após a seleção e análise do material, foi elaborado um protocolo qualitativo de avaliação multiprofissional para identificação precoce e manejo dessas condições em neonatos hospitalizados. Resultados: O protocolo foi dividido em duas partes. (1) história clínica materna e do recém-nascido para um acompanhamento do histórico pré/pós e perinatal. (2) Escala de Argenta e Checklist de identificação visual. Conclusão: As assimetrias cranianas posicionais em recém-nascidos hospitalizados refletem o impacto de fatores externos no neurodesenvolvimento, especialmente em contextos de cuidados intensivos neonatais prolongados. A atuação do fisioterapeuta em colaboração com a equipe multiprofissional é essencial para a identificação precoce e manejo dessas deformidades. Este estudo propõe um protocolo acessível para a detecção dessas condições, promovendo intervenções precoces. Contudo, destaca-se a importância de pesquisas futuras para fortalecer as evidências científicas e validar práticas clínicas que garantam o desenvolvimento saudável dos recém-nascidos e a melhoria da qualidade do cuidado assistencial hospitalar.
Descargas
Citas
ARGENTA, L. Artigos Originais Classificação Clínica de Plagiocefalia posicional. [s.l: s.n.].
BEAL, J. A. Evidence for Best Practices in the Neonatal Period. MCN, The American Journal of Maternal/Child Nursing, v. 30, n. 6, p. 397–403, nov. 2005.
CABRERA-MARTOS, I. et al. Impact of torticollis associated with plagiocephaly on infants’ motor development. Journal of Craniofacial Surgery, v. 26, n. 1, p. 151–156, 21 jan. 2015.
CAMARGOS, A. C. RESENDE. et al. Fisioterapia em pediatria: da evidência à prática clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: MEDBOOK – Editora Cientíca Ltda, 2019. v. 1
CHENG, J. C. Y. et al. Clinical determinants of the outcome of manual stretching in the treatment of congenital muscular torticollis in infants. A prospective study of eight hundred and twenty-one cases. The Journal of bone and joint surgery. American volume, v. 83, n. 5, 2001.
CIGARROA, I. et al. Positional cranial deformities in preterm infants and their association with health indicators Deformidades craneales posicionales en lactantes prematuros y asociación con indicadores de salud. Andes pediatr, v. 94, n. 3, p. 361–369, 2023.
Development of a checklist for neonatal perioperative care in cardiac surgery. [s.d.].
ELLWOOD, J.; DRAPER-RODI, J.; CARNES, D. The effectiveness and safety of conservative interventions for positional plagiocephaly and congenital muscular torticollis: a synthesis of systematic reviews and guidance. Chiropractic & Manual Therapies, v. 28, n. 1, p. 31, 11 dez. 2020.
FIELD, T. et al. Prenatal, perinatal and neonatal stimulation: A survey of neonatal nurseries. Infant Behavior and Development, v. 29, n. 1, p. 24–31, jan. 2006.
GENZEL‐BOROVICZÉNY, O. et al. Mortality and major morbidity in premature infants less than 31 weeks gestational age in the decade after introduction of surfactant. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, v. 85, n. 1, p. 68–73, 31 jan. 2006.
GIACHETTA, L. et al. Influência do tempo de hospitalização sobre o desenvolvimento neuromotor de recém-nascidos pré-termo. Fisioterapia e Pesquisa, v. 17, n. 1, p. 24–29, mar. 2010.
INCHINGOLO, A. D. et al. A Systematic Review of Positional Plagiocephaly Prevention Methods for Patients in Development. Applied Sciences (Switzerland)MDPI, , 1 nov. 2022.
KAPLAN, S. L.; COULTER, C.; SARGENT, B. Physical Therapy Management of Congenital Muscular Torticollis: A 2018 Evidence-Based Clinical Practice Guideline From the APTA Academy of Pediatric Physical Therapy. Pediatric Physical Therapy, v. 30, n. 4, p. 240–290, out. 2018.
KILBRIDE, H. W. et al. Early Neurodevelopmental Follow-up in the NICHD Neonatal Research Network: Advancing Neonatal Care and Outcomes, Opportunities for the Future. Seminars in perinatology, v. 46, n. 7, p. 151642, 1 nov. 2022.
LAUGHLIN, J. et al. Prevention and Management of Positional Skull Deformities in Infants. Pediatrics, v. 128, n. 6, p. 1236–1241, 1 dez. 2011.
MARTINIUK, A. L. C. et al. Plagiocephaly and Developmental Delay: A Systematic Review. Journal of developmental and behavioral pediatrics : JDBP, v. 38, n. 1, p. 67–78, 1 jan. 2017.
MENDOZA T, L. A.; ARIAS G, M.; OSORIO R, M. Á. Factores asociados a estancia hospitalaria prolongada en neonatos. Revista chilena de pediatría, v. 85, n. 2, p. 164–173, abr. 2014.
MILLER, R. I.; CLARREN, S. K. Long-term developmental outcomes in patients with deformational plagiocephaly. Pediatrics, v. 105, n. 2, 2000.
OLIVEIRA, G. Y. O. DE et al. Morfologia craniana e influência na qualidade da amamentação e sucção de lactentes. Research, Society and Development, v. 12, n. 14, p. e29121444499, 14 dez. 2023.
OLIVEIRA, L. DE; MARTINS, M. S.; JÚNIOR, V. B. M. A intervenção fisioterapêutica em lactentes com assimetria craniana. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , v. 7, n. 14, p. e14676–e14676, 2 jan. 2024.
PEITSCH, W. K. et al. Incidence of cranial asymmetry in healthy newborns. Pediatrics, v. 110, n. 6, 2002.
SANTIAGO, G. S. et al. Positional Plagiocephaly and Craniosynostosis. Pediatric annals, v. 52, n. 1, p. e10–e17, 1 jan. 2023.
SANTOS SAMPAIO, S. S. et al. Effects of Prone Positioning on Head Control in Preterm Infants: Randomized and Controlled Clinical Trial Protocol. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 20, n. 3, p. 2375, 29 jan. 2023.
SARGENT, B. et al. Physical Therapy Management of Congenital Muscular Torticollis: A 2024 Evidence-Based Clinical Practice Guideline From the American Physical Therapy Association Academy of Pediatric Physical Therapy. Pediatric Physical Therapy, v. 36, n. 4, p. 370–421, out. 2024.
SCHEIBL, U.; MITTERER, J. A. Multidisciplinary approach to treatment of positional cranial asymmetry in infants. Orthopadie, v. 53, n. 9, p. 709–718, 1 set. 2024.
STELLWAGEN, L. et al. Torticollis, facial asymmetry and plagiocephaly in normal newborns. Archives of disease in childhood, v. 93, n. 10, p. 827–831, out. 2008.