Liderança feminina no setor público: um mapeamento sistemático de literatura
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2412Palabras clave:
Liderança Feminina, Desigualdade de Gênero, Setor Público, Mapeamento Sistemático da Literatura.Resumen
A liderança feminina tem se destacado como um elemento importante de promoção da diversidade, inovação e inclusão nas organizações, incluindo o setor público. E embora os últimos anos tenham sido de avanços e conquistas, o caminho a ser percorrido pelas mulheres ao assumirem cargos de gestão nas organizações, ainda é bastante desafiador. Com o objetivo de mapear o que tem sido estudado sobre liderança feminina, nas organizações públicas, no período de 2019 a 2024, foi realizado um mapeamento sistemático da literatura. Os resultados evidenciam os sete temas mais abordados nos artigos, entre eles: desafios nos cargos de liderança, barreiras no desenvolvimento da carreira feminina e desigualdade de gênero. As universidades públicas estão entre os lócus de pesquisa mais estudados e há lacunas nos estudos referentes à metodologia e a abordagem dos temas. Assim, pode-se concluir que a maioria dos estudos se voltaram para identificar os desafios enfrentados para se chegar nos cargos de liderança. Embora haja crescimento significativo na inserção de mulheres em posições estratégicas, persistem barreiras que dificultam o acesso e a permanência em cargos de decisão. Fenômenos como o teto de vidro, o labirinto da liderança e a síndrome da abelha rainha revelam a complexidade dos obstáculos enfrentados. Contudo, ficou evidente a necessidade de estudos voltados para outros pontos importantes sobre o tema, como por exemplo, análises empíricas sobre o impacto das políticas de equidade e das estratégias bem-sucedidas de ascensão profissional, a aprendizagem dessas líderes, entre outros.
Descargas
Citas
AMARAL, M. R. do. Empoderamento da mulher empreendedora: uma abordagem visando o enfrentamento de barreiras. Florianópolis, 2019. 145 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215233
BANCO MUNDIAL. Mulheres, empresas e o direito 2022. Washington, DC: World Bank, 2022. https://wbl.worldbank.org/en/reports.
BERGER, L.; BENSCHOP, Y.; VAN DEN BRINK, M. Practicing gender in networks: the case of university–industry innovation projects. Gender, Work and Organization, Hoboken, v. 22, p. 556–578, 2015. https://www.researchgate.net/publication/280973532_Practising_Gender_When_Networking_The_Case_of_University-Industry_Innovation_Projects
BETIOL, M. I. S. Ser administradora é o feminino de ser administrador? In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 24., 2000, Atibaia. Anais [...]. Atibaia: ENANPAD, 2000. https://www.scribd.com/document/522763744/SER-ADMINISTRADORA-E-O-FEMININO-DE-SER-ADMINISTRADOR
BRILLO, J.; BOONSTRA, J. Liderança e cultura organizacional para inovação. Rio de Janeiro: Saraiva Uni, 2019. E-book. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553131594.
CARREIRA, D.; MENCHU, A.; MOREIRA, T. Mudando o mundo: a liderança feminina no século 21. São Paulo: Cortez, 2006.
COLUCCI, B.; TELLES, R. M.; SOUZA, S. S. O papel da mulher na gestão pública: uma discussão sobre os espaços de liderança. Coisa Pública. Pelotas: Universidade Federal de Pelotas, 2023. https://wp.ufpel.edu.br/coisapublica/2023/09/06/o-papel-da-mulher-na-gestao-publica-uma-discussao-sobre-os-espacos-de-lideranca/.
EAGLY, A. H.; CARLI, L. L. Women and the labyrinth of leadership. Harvard Business Review, Boston, v. 85, n. 9, p. 62–71, set./set. 2007. https://www.researchgate.net/publication/5957753_Women_and_the_labyrinth_of_leadership
FERREIRA, C. M. Ser mulher na organização: estudo da percepção de mulheres em cargos de chefia e subordinados. Brasília, 2017. 65 f. Monografia (Graduação em Administração) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de Brasília, Brasília, 2017. https://bdm.unb.br/bitstream/10483/18912/1/2017_CristinadeMouraFerreira.pdf
FLEURY, M. T. L. Liderança feminina no mercado de trabalho. Revista GV Executivo, São Paulo, v. 12, n. 1, p. 46-49, jan./mar. 2013. https://doi.org/10.12660/gvexec.v12n1.2013.20634
FRAGA, P. H. B. Isonomia e concurso público: uma abordagem de gênero. 2017. Tese (Doutorado) – [s.l.: s.n.], 2017. https://hdl.handle.net/10438/18533
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2019. E-book. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597020991/.
GUIMARÃES, C. P. S. F. Liderança eficaz: pessoas motivadas e felizes, organizações saudáveis. São Paulo: [s.n.], 2002.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil. Estudos e Pesquisas. Informação Demográfica e Socioeconômica, n. 52. Rio de Janeiro: IBGE, 2021. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101758.pdf.
KITCHENHAM, B.; CHARTERS, S. Guidelines for performing systematic literature reviews in software engineering. Keele University, 2007. https://www.researchgate.net/publication/222673849_Systematic_literature_reviews_in_software_engineering-A_systematic_literature_review
MELO, H. P.; THOMÉ, D. Mulheres e poder. Rio de Janeiro: FGV, 2018.
MILTERSTEINER, R. K.; OLIVEIRA, F. B.; HRYNIEWICZ, L.; SANT’ANNA, A. S.; MOURA, L. Liderança feminina: percepções, reflexões e desafios na administração pública. Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 202–216, jan./mar. 2020. https://doi.org/10.1590/1679-395120190176
MOURÃO, T. M. F.; GALINKIN, A. L. Equipes gerenciadas por mulheres: representações sociais sobre gerenciamento feminino. Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 91–99, jan./abr. 2008. https://doi.org/10.1590/S0102-79722008000100012
OLIVEIRA, R. D.; Elogio da diferença: O feminino Emergente. Brasiliense, 1993.
OLIVEIRA, F. B.; MENEZES, M.; SANT’ANNA, A. S. Percepções sobre os valores das mulheres no mercado de trabalho. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DEL CLAD, 17., 2012, Caracas. Anais [...]. Caracas, 2012. https://www.scribd.com/document/376225484/Percepc-o-es-sobre-os-Valores-das-Mulheres-no-Mercado-de-Trabalho
ONU MULHERES. Mulheres na liderança: alcançando um futuro igual em um mundo de COVID-19. 2021. https://www.unwomen.org/pt/news-stories/in-focus/2021/03/in-focus-international-womens-day.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Mulheres no trabalho: tendências 2022. Genebra: OIT, 2022. https://www.ilo.org/global/publications/books/WCMS_840095/lang--pt/index.htm.
PETERSEN, K.; FELDT, R.; MUJTABA, S.; MATTSSON, M. Systematic mapping studies in software engineering. In: Proceedings of the 12th International Conference on Evaluation and Assessment in Software Engineering – EASE, Swindon, U.K., v. 8, p. 68–77, 2008. https://www.researchgate.net/publication/228350426_Systematic_Mapping_Studies_in_Software_Engineering
PINHEIRO, L. Quando o teto de vidro se torna de concreto: a sub-representação de mulheres negras nos postos diretivos do Executivo federal entre 1999 e 2020. In: Trajetórias da burocracia na nova república: heterogeneidades, desigualdades e perspectivas (1985–2020). Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, 2023. https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/12078
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. https://admdotunisa.files.wordpress.com/2019/03/robbins_2009_livro_comportamento_organiz.pdf
SOUSA, D. L.; CAVALCANTE, M. W. S.; GOMES FILHO, A. S. Os desafios das mulheres em cargos de liderança nas organizações: uma revisão de literatura (2016-2021). Revista Brasileira de Administração Científica. Aracaju, v. 12, n. 3, p. 406-420, jul./set. 2021.https://doi.org/10.6008/CBPC2179-684X.2021.003.0030
TONANI, A. V. Gestão feminina: um diferencial de liderança, mito ou nova realidade? In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 7., 2011, Niterói. Anais [...]. Niterói, 2011. https://www.yumpu.com/pt/document/view/49885172/gestao-feminina-um-diferencial-de-lideranaa-mito-ou-nova-realidade