HTLV na atenção primária à saúde: conhecimento, atitudes e práticas de profissionais do pré-natal em Augusto Corrêa, Norte do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2671Palabras clave:
HTLV, Atenção Primária à Saúde, Pré-natal, Saúde PúblicaResumen
A persistência de infecções como o Vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV), um retrovírus associado à Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (LLTA) e à Paraparesia Espástica Tropical (PET), destaca a urgência de vigilância e controle da transmissão vertical, principalmente através do aleitamento materno. Este estudo transversal e descritivo avaliou o nível de Conhecimento, Atitudes e Práticas (CAP) de 38 profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) de Augusto Corrêa, Pará, sobre o HTLV no contexto do pré-natal. Os achados revelaram lacunas significativas no conhecimento e nas práticas. Embora 68,4% dos participantes reconheçam o aleitamento materno como a principal via de transmissão vertical, uma parte expressiva demonstrou incerteza quanto à ausência de terapia antirretroviral (TARV) validada para prevenção na gestação (28,9% “Não sei”) e sobre o status do rastreamento no SUS (42,1% “Não sei”). Em relação às práticas, 55,3% dos profissionais nunca haviam solicitado o exame de HTLV em gestantes. Além disso, 63,2% relataram nunca ter recebido capacitação sobre o manejo de pacientes com HTLV. A autoavaliação demonstrou forte concordância com a importância do rastreamento (94,7% concordam/concordam totalmente), contrastando com a percepção de preparo insuficiente da equipe e inadequação estrutural da UBS (cerca de 50% expressaram discordância/discordância total nessas categorias).
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Citas
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