Recursos terapêuticos manuais no tratamento de bruxismo: uma revisão de escopo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1499

Palavras-chave:

Bruxismo, Terapia Manual, Tratamento de bruxismo, Fisioterapia

Resumo

Introdução: O bruxismo é uma disfunção neuromuscular que leva ao excesso de ativação neural na musculatura da face. Pode ser definido como o hábito de apertar, deslizar ou ranger os dentes inconscientemente, na maioria das vezes, durante o sono. Essa condição causa sintomas como dor de cabeça e nos dentes, perda dentária e pode causar disfunções temporomandibulares. Atualmente, o bruxismo é tratado com medicamento para alívio dos sintomas e placa oclusal. A fisiopatologia do bruxismo, entretanto, permite considerar a possibilidade de utilizar os recursos terapêuticos manuais como forma de tratamento não medicamentoso, podendo aliviar a tensão muscular. Objetivo: Este estudo tem como objetivo, portanto, identificar as evidências consistentes a respeito do tratamento do bruxismo através da aplicação de terapias manuais e lacunas existentes na literatura sobre o assunto. Metodologia: A revisão foi realizada a partir da busca de ensaios clínicos randomizados, utilizando os termos DeCS/MeSH, nas bases de dados PEDro, Scielo, Lilacs, Pubmed e Cochrane. Inicialmente, foram identificados 94 artigos sobre o tema, os quais passaram por seleção, seguindo os critérios de inclusão e exclusão. Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados, publicados em português, inglês ou espanhol, que visavam o tratamento do bruxismo em indivíduos maiores que 5 anos. Resultados: Durante a seleção dos artigos, 63 foram excluídos após a leitura do resumo e 13 após a leitura completa. Entre os restantes, foram excluídos 12 artigos duplicados em mais de uma base de dados. Ao final da seleção, foram incluídos apenas 6 estudos, publicados entre 2003 e 2022, na análise final após leitura completa. Ao passarem por análise metodológica da escala PEDro, os estudos tiveram score entre 2 e 8, sendo a maioria deles abaixo de 6, limiar para que sejam considerados bons em qualidade metodológica. O número de participantes dos ensaios clínicos varia entre 12 e 100, amostras pequenas, considerando que o bruxismo é uma patologia comum e a intervenção é simples. Conclusão: Apesar da relevância da disfunção, que aumentou significativamente sua ocorrência nos últimos anos, o bruxismo ainda é pouco estudado, principalmente entre fisioterapeutas. Foi observado a necessidade da padronização de escalas de avaliação e testes para diagnóstico e avaliação dos sintomas. Os estudos atuais, portanto, não são suficientes para afirmar a eficácia da terapia manual sobre sintomas ou remissão da hiperatividade muscular causada pelo bruxismo. Para isso, serão necessários novos ensaios clínicos sobre o assunto, com amostras significativas e melhoria na qualidade metodológica.

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Biografia do Autor

Maria Eduarda Mendes Dorotéio, Faculdades Integradas IESGO, GO, Brasil

Graduanda em Fisioterapia pelas Faculdades Integradas IESGO.

Bruna da Silva Sousa, Faculdades Integradas IESGO, GO, Brasil

Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Brasília, Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Brasília e Doutorando em Ciências e Tecnologias em Saúde.

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Publicado

2024-10-31

Como Citar

DOROTÉIO, M. E. M.; SOUSA, B. da S. Recursos terapêuticos manuais no tratamento de bruxismo: uma revisão de escopo. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 7, n. 15, p. e151499, 2024. DOI: 10.55892/jrg.v7i15.1499. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/1499. Acesso em: 21 nov. 2024.

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