Tecnologia assistiva e qualidade de vida de pessoas com limitações decorrentes da hanseníase: scoping review
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2380Palavras-chave:
Hanseníase, Qualidade de Vida, Pessoas com Deficiência, Tecnologia Assistiva, Dispositivos assistivosResumo
Introdução: Qualidade de vida é um conceito multidimensional associado à percepção do indivíduo de diversos contextos de vivência e está relacionado à perspectiva de saúde. No entanto, no contexto das pessoas com hanseníase, há o comprometimento de maneira geral na qualidade de vida, podendo levar a incapacidades físicas e neuropatias. Visto a imprescindibilidade de aspectos que tenham como objetivo a intervenção nesses fatores e a promoção da qualidade de vida, pode-se recorrer aos recursos de Tecnologia Assistiva. Objetivo: Mapear a bibliografia científica existente que aborda o uso da tecnologia assistiva como melhoria na qualidade de vida de pessoas com limitações decorrentes da hanseníase. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo revisão de escopo, com artigos publicados entre os anos de 2020 a 2024, realizado nas bases de dados Medline via PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), LILACS via BVS e SciELO, a partir da pergunta norteadora: “Quais são as evidências científicas disponíveis acerca do uso de tecnologia assistiva como melhoria na qualidade de vida de pessoas com limitações decorrentes da hanseníase?". Para a busca, foram utilizados os descritores “tecnologia assistiva, dispositivos assistivos, dispositivos de autoajuda, equipamentos assistivos, equipamentos de autoajuda, hanseníase, doença de hansen, qualidade de vida e qualidade de vida relacionada à saúde” e seus respectivos correspondentes em inglês, combinados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”. Resultados: Foram identificados, inicialmente, 9.357 estudos, e, após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, eliminação de registros duplicados, somados à avaliação detalhada dos textos completos, cinco estudos preencheram os critérios de elegibilidade e foram incluídos na amostra final. Conclusão: A partir da análise dos estudos incluídos, observou-se que a tecnologia assistiva apresenta potencial significativo para restaurar a funcionalidade, favorecer a autonomia e reduzir as limitações impostas pelas incapacidades físicas provocadas pela doença, no que tange a aspectos físicos e psíquicos.
Downloads
Referências
AROMATARIS E. et al. JBI Manual for Evidence Synthesis. [s.l.] : JBI, 2024. Disponível em: https://synthesismanual.jbi.global. Acesso em: 08 Mai. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/hanseniase/guia-pratico-de-hanseniase.pdf/view.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Hanseníase no Brasil: perfil epidemiológico segundo níveis de atenção à saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2022a. Disponível em: https://antigo.aids.gov.br/pt-br/pub/2022/hanseniase-no-brasil-perfil-epidemiologico-segundo-niveis-de-atencao-saude. Acesso em: 07 mai. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase 2022. Brasília: Ministério da Saúde, 2022b. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hanseniase/publicacoes/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-da-hanseniase-2022. Acesso em: 07 mai. 2024;
CARVALHO, A.A.D.L. et al. O desenvolvimento de dispositivos assistivos para auxílio nas atividades de vida diária de pessoas com sequelas de hanseníase: Atuação do terapeuta ocupacional. Seven Editora, [s. l.], 2023. DOI: https://doi.org/10.56238/medfocoexplconheci-004. Acesso em: 30 jan. 2025.
FERREIRA, R. C et al. Assistive technologies for improving the oral hygiene of leprosy patients residing in a former leprosy colony in Betim, Minas Gerais, Brazil. PloS one, [s. l.], v. 13, n. 7, p. e200503, 2018. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0200503. Acesso em: 05 jun. 2025.
JÚNIOR, J. L. R.; MUNIZ, L.S.; XAVIER, M. B. A utilização da tecnologia assistiva para alimentação na melhora do desempenho ocupacional de hansenianos com mão em garra. Hansenologia Internationalis: hanseníase e outras doenças infecciosas, [s. l.], v. 39, n. 1, p. 22-29, 2014. DOI: https://doi.org/10.47878/hi.2014.v39.35025. Acesso em: 05 jun. 2025.
JÚNIOR, J.L.R. et al. O desenvolvimento de um dispositivo de tecnologia assistiva/ortoprótese para a reabilitação de pacientes com hanseníase e presença de mão em garra e/ou reabsorção óssea. Research, Society and Development, [s. l.], v. 10, n. 16, p. e449101623742-e449101623742, 2021. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23742. Acesso em: 28 jan. 2025.
KHALIL, Hanan et al. The role of scoping reviews in reducing research waste. Journal of clinical epidemiology, [s. l.], v. 152, p. 30-35, 2022. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2022.09.012. Acesso em: 08 Mai. 2024.
LOPES, G. F. Eficácia e eficiência das palmilhas na prevenção e reabilitação de úlceras plantares em pés neuropáticos na hanseníase e diabetes. Bauru, 2022. 30f. Especialização Multiprofissional em Assistência Dermatológica do Centro Formador de Recursos Humanos para o SUS/SP - Instituto Lauro de Souza Lima. Disponível em: https://fi-admin.bvsalud.org/document/view/cr6rr#:~:text=Apesar%20das%20palmilhas%20serem%20eficazes,%2Dchave%3A%20%C3%9Alcera%20do%20p%C3%A9. Acesso em: 29 jan. 2025.
MOUSSA, A. B; GASPARINI, G. C. A contribuição da terapia ocupacional no pré e pós-cirúrgico de transferência tendinosa da mão em garra em paciente hanseniano. Multitemas, [s. l.], n. 23, p155-160, 2016. DOI: https://doi.org/10.20435/multi.v0i23.888. Acesso em: 06 mai. 2024.
PETERS, M. D. J. et al. Updated methodological guidance for the conduct of scoping reviews. JBI evidence synthesis, [S. l.], v. 18, n. 10, p. 2119-2126, 2020. DOI: https://doi.org/10.11124/JBIES-20-00167. Acesso em: 08 mai. 2024.
PIRES, G. S. et al. Intervenção da terapia ocupacional associada ao protocolo atividade exercício (PAE): um relato de experiência com pacientes com sequelas neurológicas de hanseníase. Revista Foco, [s. l.], v. 16, n. 7, p. e253, 2023.DOI: https://doi.org/10.54751/revistafoco.v16n7-013. Acesso em 29 jan. 2025.
RODRIGUES, M. G. M. et al. Análise biomecânica e do design de um dispositivo assistivo para pacientes com hanseníase com grau II de incapacidade física. Revista Foco, [s. l.], v. 17, n. 3, p. e4745, 2024. DOI: https://doi.org/10.54751/revistafoco.v17n3-144. Acesso em: 29 jan. 2025.
SAMPAIO, A. P. F. et al. Incapacidades físicas de pessoas com hanseníase. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 25, p. e18341, 2025. DOI: https://doi.org/10.25248/reas.e18341.2025. Acesso em: 05 jun. 2025.
SANTOS, R. F. et al. Tecnologia assistiva e suas relações com a qualidade de vida de pessoas com deficiência. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 54-62, 2017. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v28i1p54-62. Acesso em: 05 jun. 2025.
SANTOS, T. P. P. et al. Os impactos do estigma e preconceito nos portadores de hanseníase: uma revisão integrativa de literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 15, n. 4, p. e10148, 2022. DOI: https://doi.org/10.25248/reas.e10148.2022. Acesso em: 06 jun. 2025.
TORO-HERNÁNDEZ, M. L. et al. Appropriate Assistive Technology for Developing Countries. Physical Medicine and Rehabilitation Clinics, [s. l.], v. 30, n. 4, p847-865, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.pmr.2019.07.008. Acesso em: 06 mai. 2024.
TRICCO, A.C. et al. PRISMA extension for scoping reviews (PRISMA-ScR): checklist and explanation. Annals of internal medicine, [S. l.], v. 169, n. 7, p. 467-473, 2018. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.7326/M18-0850. Acesso em 08 Mai. 2024.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Rumo à zero hanseníase: Estratégia Global de Hanseníase 2021-2030. WHO [s.l.], 2021. Disponível em: https://iris.who.int/handle/10665/341501. Acesso em: 06 Mai. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
ARK
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.