Análise epidemiológica das internações e mortalidade por infarto agudo do miocárdio na Baixada Maranhense (2015–2024).
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2430Palabras clave:
Doenças Cardiovasculares, Síndrome Coronariana Aguda, Epidemiologia, Hospitalização, MortalidadeResumen
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em âmbito global e nacional. No cenário brasileiro, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a expressão clínica aguda mais frequente da doença arterial coronária, líder dos índices de mortes cardiovasculares. Nessa perspectiva, é essencial investigar o perfil epidemiológico do IAM em diferentes regiões do Brasil, a exemplo da Baixada Maranhense. Assim, este estudo teve como objetivo analisar as internações e óbitos por IAM na Baixada Maranhense ao longo da última década. Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo, transversal e retrospectivo. Os dados secundários foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), seção Morbidade Hospitalar, código CID-10 (I121), com recorte temporal de 2015 a 2025. Para a análise de associação estatística entre as variáveis categóricas e o desfecho óbito hospitalar, utilizou-se o software JAMOVI com aplicação do teste Qui-Quadrado de Contingência, com nível de significância de 5%. Foram registradas 416 internações no período analisado, com incidência maior no sexo masculino, cor/raça parda e faixa etária de 60 a 69 anos. No que tange ao perfil de óbitos, houve predominância entre o sexo masculino, cor/raça parda e faixa etária de 70 a 79 anos. Na análise estatística, observou-se associação significativa entre óbito e faixa etária (p=0,009). Ademais, durante o período pandêmico registrou-se um decréscimo de internações relacionado à baixa procura por assistência médica. Como limitações do estudo, destaca-se o uso de dados secundários, sujeitos a subnotificações e inconsistências. Os resultados deste estudo reforçam a necessidade de estratégias de saúde voltadas à prevenção, especialmente em pessoas idosas, bem como a importância da implementação de protocolos assistenciais específicos e da ampliação da estrutura de equipamentos para diagnóstico e tratamento oportuno.
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