Da solidão ao extremismo: análise fenomenológica existencial do isolamento social na adolescência
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2491Palavras-chave:
Adolescência, Redes Sociais, Vazio Existencial, RadicalizaçãoResumo
Introdução: As redes sociais transformaram as interações adolescentes, promovendo a criação de personas virtuais que atendem à necessidade de pertencimento, mas também geram desafios como isolamento e ofensas online. A adolescência, marcada pela tendência grupal, intensifica a busca por identidade e autotranscendência, conforme a logoterapia de Frankl. Objetivo: Analisar como as redes sociais impactam a sociabilidade adolescente, considerando o vazio existencial e a radicalização. Metodologia: Revisão bibliográfica com base em obras de Frankl, Freud, e outros, além de 18 artigos de repositórios como SciELO e PePSIC, e matérias jornalísticas, estruturada em três eixos: tecnologia e comunicação, pandemia e radicalização. Resultados: As redes sociais promovem sociabilidade controlada, mas favorecem relações Eu-Isso, isolamento e extremismos, amplificados pela pandemia. A tendência grupal, associada ao vazio existencial, aumenta a suscetibilidade à radicalização. Conclusão: As redes sociais intensificam o isolamento e o risco de neuroses de massa, exigindo a promoção de responsabilidade e sentido existencial para mitigar a radicalização.
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