O uso da eritropoetina e sua ação como agente neuroprotetor na disfunção cognitiva comum ao paciente renal crônico: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1586Palavras-chave:
Insuficiência Renal Crônica, Eritropoietina, Efeito NeuroprotetorResumo
Introdução: A doença renal crônica (DRC) é uma comorbidade que provoca diversas complicações nos pacientes, muitas vezes exigindo o uso de várias medicações. Entre elas, destaca-se a eritropoietina recombinante humana (rHuEPO), amplamente utilizada para tratar anemia secundária. No entanto, estudos sugerem que a rHuEPO pode ter um papel além da eritropoiese, exercendo funções locais no cérebro, atuando como um fator neurotrófico e neuroprotetor. Discussão: A eritropoietina (EPO) é um hormônio glicoproteico produzido principalmente nos rins, cuja função principal é estimular a produção de células eritroides. Em pacientes com DRC, ocorre uma diminuição na síntese de EPO nos rins, o que explica os baixos níveis de hemoglobina (Hb). Além de seu papel na hematopoiese, a EPO tem demonstrado ação neuroprotetora, que inclui a redução da morte neuronal, a diminuição da inflamação, a diferenciação e maturação dos oligodendrócitos, além de preservar a integridade da substância branca do cérebro. Estudos recentes demonstraram os benefícios terapêuticos da rHuEPO em várias doenças neurológicas, incluindo o comprometimento cognitivo, frequente em pacientes com DRC. Testes cognitivos realizados em pacientes renais crônicos com anemia, antes e após o uso de rHuEPO, mostraram uma melhora nas funções cognitivas quando comparados aos que não utilizaram a medicação. Conclusão: Este artigo é relevante para atualizar as bases de dados sobre o papel neuroprotetor da rHuEPO em pacientes com DRC, além de contribuir para futuras pesquisas focadas no desenvolvimento de novas estratégias farmacológicas que possam proporcionar neuroproteção a esses pacientes.
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