Anticoncepcionais Associados ao Risco de Trombose
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1642Palavras-chave:
Anticoncepcionais Orais, Pílulas Anticoncepcionais Combinadas, Trombose, Atenção FarmacêuticaResumo
O uso de contraceptivos tem crescido globalmente, com mais de 200 milhões de usuárias. No Brasil, recomendam-se métodos hormonais, cirúrgicos, comportamentais e de barreira. Anticoncepcionais contendo estrogênio podem aumentar o risco de trombose, tornando essencial a conscientização sobre esses riscos e a adoção de medidas preventivas. Assim, o presente estudo teve como objetivo principal abordar a associação entre uso de anticoncepcional oral e os riscos de trombose. Através de uma revisão sistemática da literatura, foram analisados diversos estudos que abordaram essa temática. Os resultados obtidos demonstram que o uso de anticoncepcionais orais, especialmente aqueles com maior teor de estrogênio e progestágenos de terceira geração, aumenta significativamente o risco de eventos trombóticos, como a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar. A revisão também explorou a etiopatogenia da trombose, destacando a importância da tríade de Virchow (lesão endotelial, estase sanguínea e hipercoagulabilidade) nesse processo. Além disso, foram discutidas as diferentes gerações de anticoncepcionais e seus respectivos riscos. Conclui-se que a escolha do método contraceptivo deve ser individualizada e realizada em conjunto com um profissional de saúde, considerando os benefícios e os riscos envolvidos. Além disso, a educação em saúde e o aconselhamento sobre contracepção são fundamentais para garantir a segurança e a eficácia dos métodos contraceptivos.
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