Impactos da obesidade na autoestima e saúde infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1691

Palavras-chave:

Obesidade infantil, Autoestima, Saúde infantil

Resumo

A obesidade infantil é uma condição crônica multifatorial resultante do desequilíbrio energético, caracterizada pelo excesso de gordura corporal. Nos últimos anos, a prevalência aumentou devido a hábitos alimentares inadequados e sedentarismo. A obesidade está associada a riscos significativos, como doenças crônicas não transmissíveis, problemas ortopédicos, e distúrbios psicológicos, incluindo baixa autoestima e exclusão social, que intensificam os impactos negativos. Políticas públicas e intervenções são essenciais para prevenir e tratar esta condição. Este estudo utilizou uma revisão integrativa exploratória de literatura em bases como PubMed, SciELO e Google Acadêmico, abrangendo publicações entre 2020 e 2024. A estratégia PICO orientou a pesquisa sobre os impactos da obesidade na autoestima e saúde infantil. Foram selecionados 21 artigos após aplicação de critérios de inclusão e exclusão. A análise seguiu o protocolo PRISMA, com categorização dos estudos e fichamento para extração de dados relevantes. Os achados apontam que a obesidade infantil é influenciada por fatores genéticos, ambientais e sociais. Alimentos ultraprocessados e sedentarismo estão entre os principais fatores de risco, enquanto o ambiente familiar e escolar são centrais para a prevenção. Psicologicamente, a baixa autoestima e a estigmatização estão associadas à obesidade, afetando o desenvolvimento emocional. Intervenções precoces podem evitar a transição para obesidade adulta e suas consequências, como doenças crônicas e piora da qualidade de vida. A revisão destaca que, embora fatores genéticos sejam imutáveis, intervenções ambientais e comportamentais são eficazes na prevenção da obesidade. Estratégias escolares, regulamentação de marketing de alimentos e suporte psicológico são medidas promissoras. Contudo, barreiras como a influência da publicidade e o estigma social dificultam os avanços. Abordagens integradas e políticas públicas mais rigorosas são necessárias para combater a obesidade infantil de forma abrangente. A obesidade infantil impacta negativamente a saúde física, emocional e social das crianças, exigindo medidas multidimensionais para prevenção e tratamento. Investir em educação alimentar, incentivo à atividade física e regulamentações para alimentos não saudáveis são fundamentais para reduzir a prevalência e os efeitos dessa condição, promovendo qualidade de vida e saúde para as futuras gerações.

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Biografia do Autor

Maria Eduarda Alves Boreli, Centro Universitário de Patos de Minas

Graduação em andamento em MEDICINA pelo Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM, Brasil.

Karyna Maria de Mello Locatelli, Centro Universitário de Patos de Minas

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Ouro Preto (2001). Especialista em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário do Triângulo. Mestre em Genética e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia.

Juliana Lilis da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas

Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Ouro Preto (2002) e mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Uberlândia (2003).

Natália de Fátima Gonçalves Amâncio, Centro Universitário de Patos de Minas

Possui graduação em Fisioterapia (2010), Pós-Doutorado em Promoção de Saúde pela Universidade Franca, UNIFRAN. Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca, Especialista em Saúde Pública pelo Centro Universitário de Patos de Minas, Especialista em Fisioterapia na Saúde da Mulher pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.

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Publicado

2024-12-05

Como Citar

BORELI, M. E. A.; LOCATELLI, K. M. de M.; SILVA, J. L. da; AMÂNCIO, N. de F. G. Impactos da obesidade na autoestima e saúde infantil. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 7, n. 15, p. e151691, 2024. DOI: 10.55892/jrg.v7i15.1691. Disponível em: http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/1691. Acesso em: 21 dez. 2024.

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