O papel da vitamina D no tratamento da esclerose múltipla: perspectivas clínicas e evidências recentes

Resumo

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune e neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central, caracterizando-se pela desmielinização, inflamação e perda progressiva de função neurológica. A vitamina D tem sido amplamente investigada como um agente imunomodulador e neuroprotetor, com potencial terapêutico no manejo da EM. Neste sentido, este estudo consistiu em uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de avaliar as evidências mais recentes sobre o papel da suplementação de vitamina D na progressão da doença, nos desfechos clínicos e na segurança de seu uso. Foram analisados 20 artigos publicados entre 2020 e 2024, identificados em bases como PubMed, SciELO, Google Scholar, EbscoHost e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os resultados indicam que a suplementação de vitamina D pode estar associada à redução da frequência de surtos, melhora de sintomas como fadiga e diminuição das lesões observadas em exames de ressonância magnética. Além disso, a vitamina D demonstrou potencial para modular o sistema imunológico e proteger o sistema nervoso central, contribuindo para a preservação da mielina e retardando a progressão da doença. Apesar dos benefícios observados, permanecem incertezas quanto à dosagem ideal, efeitos a longo prazo e variações de resposta entre pacientes, o que reforça a necessidade de estudos adicionais. Conclui-se que a vitamina D é uma estratégia terapêutica complementar promissora para o manejo da esclerose múltipla, podendo melhorar a qualidade de vida dos pacientes e otimizar os desfechos clínicos. No entanto, a implementação dessa abordagem deve ser realizada com acompanhamento clínico adequado, visando maximizar os benefícios e garantir a segurança no tratamento.