O Uso da Terapia Cognitivo-Comportamental no Tratamento da Síndrome de Tourette: uma revisão bibliográfica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1757

Palavras-chave:

Terapia Cognitivo-Comportamental, Síndrome de Tourette, tiques, intervenção psicossocial, qualidade de vida

Resumo

A Síndrome de Tourette (ST) é um transtorno neuropsiquiátrico caracterizado por tiques motores e vocais involuntários, que geralmente se manifestam na infância e são frequentemente acompanhados por comorbidades como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O objetivo deste estudo é revisar e sintetizar a literatura científica disponível sobre o uso da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) no tratamento da Síndrome de Tourette, com foco na eficácia dessa abordagem no controle dos tiques e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão bibliográfica, na qual foram selecionados e analisados artigos científicos publicados nos últimos cinco anos sobre os benefícios e os resultados dessa terapia. A revisão buscou consolidar informações dispersas na literatura, com o intuito de avaliar a eficácia da TCC no manejo dos sintomas e na promoção de um melhor bem-estar aos pacientes. Os resultados obtidos apontam que a TCC é uma abordagem eficaz no controle dos tiques, proporcionando aos pacientes ferramentas para lidar com as sensações premonitórias e inibir os tiques de forma voluntária. Além disso, a TCC se destaca por seu caráter holístico, abordando os fatores psicossociais que impactam a vida dos indivíduos, como o estigma social e as dificuldades educacionais e emocionais enfrentadas por muitos pacientes com a síndrome. Embora essa abordagem apresente diversos benefícios, o acesso à TCC ainda enfrenta barreiras significativas, como a escassez de profissionais capacitados, a falta de infraestrutura em algumas regiões e a falta de conscientização sobre a condição. Em termos de combinação terapêutica, este estudo também enfatiza que, em casos mais graves ou quando o acesso à TCC é limitado, a combinação com tratamentos farmacológicos pode ser uma estratégia eficaz, pois amplia as opções para os pacientes e pode acelerar os resultados desejados. Em conclusão, este trabalho confirma a relevância da Terapia Cognitivo-Comportamental como uma terapia de baixo risco e alta eficácia no tratamento da Síndrome de Tourette. Contudo, ainda são necessários mais estudos sobre sua aplicação de longo prazo e sobre como otimizar o acesso e os resultados dessa abordagem, principalmente em contextos de recursos limitados e em áreas remotas, onde a intervenção é muitas vezes dificultada.

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Biografia do Autor

Rebeca Brasileiro, Centro Universitário de Patos de Minas

Graduação em andamento em MEDICINA pelo Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM, Brasil.

Cátia Aparecida Silveira Caixeta, Centro Universitário de Patos de Minas

Especializada em Psicopedagogia pelo Escuela Psicopedagogica de Buenos Aires, Argentina(2012), Professor Titular do Centro Universitário de Patos de Minas , Brasil

Juliana Lilis da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas

Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Ouro Preto (2002) e mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Uberlândia (2003).

Natália de Fátima Gonçalves Amâncio, Centro Universitário de Patos de Minas

Possui graduação em Fisioterapia (2010), Pós-Doutorado em Promoção de Saúde pela Universidade Franca, UNIFRAN. Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca, Especialista em Saúde Pública pelo Centro Universitário de Patos de Minas, Especialista em Fisioterapia na Saúde da Mulher pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.

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Publicado

2024-12-17

Como Citar

BRASILEIRO, R.; CAIXETA, C. A. S.; SILVA, J. L. da; AMÂNCIO, N. de F. G. O Uso da Terapia Cognitivo-Comportamental no Tratamento da Síndrome de Tourette: uma revisão bibliográfica. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 7, n. 15, p. e151757, 2024. DOI: 10.55892/jrg.v7i15.1757. Disponível em: http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/1757. Acesso em: 21 dez. 2024.

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