Gameterapia como recurso fisioterapêutico para o desenvolvimento motor de crianças com transtorno do espectro autista: revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2776Palavras-chave:
Fisioterapia, Transtorno das Habilidades Motoras, Transtorno do Espectro Autista, Gameterapia, Realidade virtualResumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que compromete habilidades motoras e a interação social infantil. Nesse contexto, a fisioterapia desempenha papel essencial na promoção da coordenação, equilíbrio e autonomia funcional. Este estudo teve como objetivo analisar, por meio de uma revisão integrativa, os efeitos da gameterapia como recurso fisioterapêutico no contexto infantil com TEA. A literatura evidenciou melhorias significativas na coordenação motora, no equilíbrio postural e na percepção corporal, além de maior engajamento durante as sessões terapêuticas, favorecendo a continuidade do tratamento. Também foram observados benefícios emocionais e sociais, como incremento da motivação, da autoestima e da interação entre pares, ampliando a participação da criança nas atividades propostas. Apesar dos resultados positivos, a revisão identificou limitações importantes, como a escassez de jogos desenvolvidos especificamente para o TEA e a possibilidade de sobrecarga sensorial causada por estímulos visuais e sonoros intensos, o que demanda atenção profissional na seleção dos recursos. Conclui-se que a gameterapia representa uma abordagem inovadora, complementar às terapias convencionais, oferecendo um processo terapêutico mais dinâmico e motivador, desde que aplicada com mediação especializada e adaptação às necessidades individuais da criança.
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