Efeitos do treinamento resistido na sensibilidade à insulina em pacientes com síndrome metabólica: uma revisão sistemática

Resumen

A crescente prevalência da síndrome metabólica tem se tornado uma preocupação significativa em saúde pública, impulsionada por fatores como sedentarismo, maus hábitos alimentares e aumento da obesidade global. Caracterizada por um conjunto de condições clínicas incluindo obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão e dislipidemias, essa síndrome está fortemente associada ao risco elevado de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Dentre esses fatores, a resistência à insulina destaca-se como um mecanismo central na fisiopatologia da síndrome.  Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos do treinamento resistido sobre a sensibilidade à insulina em indivíduos com diagnóstico de síndrome metabólica, por meio de uma revisão sistemática da literatura. A pesquisa foi conduzida nas bases PubMed, ScienceDirect e BVS, considerando publicações dos últimos cinco anos, nos idiomas português e inglês Após aplicação dos critérios de elegibilidade, seis estudos foram selecionados, incluindo ensaios clínicos randomizados realizados em diferentes países e populações, principalmente idosos e mulheres pós-menopáusicas. Os estudos demonstraram que o treinamento resistido, isolado ou combinado com outras modalidades, promove melhorias significativas na resistência à insulina, perfil lipídico, composição corporal, marcadores inflamatórios e qualidade do sono. Apesar das limitações metodológicas, como tamanhos amostrais reduzidos e variabilidade nos protocolos, os achados indicam que o exercício físico deve ser considerado uma estratégia terapêutica de primeira linha no manejo da síndrome metabólica. Esta revisão reforça a importância da prescrição individualizada e periodizada do exercício como ferramenta de impacto clínico relevante.