Uso de preservativos como método de prevenção entre mulheres que fazem sexo com mulheres a IST/HIV

Resumo

Introdução: As práticas sexuais homoafetivas feminina foram invisibilizadas, principalmente, durante a epidemia da AIDS. O entendimento de que a população de mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM), era menos vulnerável a infecção pela via sexual, tornou a percepção das mulheres lésbicas e bissexuais ausente, no que se refere, ao uso do preservativo como método de proteção ao HIV/Aids. Método: Foi realizado um levantamento exploratório e descritivo com corte transversal e abordagem quantitativa. Realizado no Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids que se localiza no Hospital Oswaldo Cruz, na Cidade de Recife entre os meses de maio a dezembro de 2021 e a população-alvo foi constituída por mulheres que declararam fazer sexo com mulheres e com mulheres e homens. Resultados: 96,19% das entrevistadas responderam possuir conhecimento dos meios de transmissão do HIV, 56,19% afirmaram tomar medidas para se prevenir contra o HIV/Aids, porém apenas 30 (41,09%) responderam utilizar o preservativo. Discussão: O estudo revelou que apesar do conhecimento, a percepção da ausência de risco estabelece a grande parte das entrevistadas a não realização de práticas adequadas de prevenção. A falta de percepção dos riscos que MSM tem de infecção ao HIV/Aids, acontece devido a certeza da não infecção em relações sexuais entre mulheres, causando uma maior confiança e crença de menor necessidade na utilização de preservativos para proteção. Considerações finais: Assim os principais fatores que influenciam no aumento da vulnerabilidade de MSM a infecção ao HIV/Aids, se destaca a crença da baixa vulnerabilidade, a falta de esclarecimentos sobre os meios possíveis de prevenção e a ausência de ações de educação voltadas para o público lésbico e bissexual.