Avaliação do risco nutricional de prematuros internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.1896Palavras-chave:
Recém-nascido prematuro, Terapia nutricional, Unidade de terapia intensiva neonatalResumo
Objetivo: Analisar se o risco nutricional de recém-nascidos pré-termos (RNPT) tem relação com o tempo de internação, estado nutricional e adequação às metas nutricionais no momento da alta da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Metodologia: Estudo longitudinal prospectivo com coleta de dados de prontuários eletrônicos de recém nascidos pré-termos, com idade cronológica de zero a 28 dias, internados nos meses de março a junho de 2024, na UTIN de um hospital público do Distrito Federal. O risco nutricional foi avaliado por meio da Ferramenta de Avaliação do Risco Nutricional Neonatal (FARNNeo). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: Participaram 29 RNPT, a maioria classificada como de alto risco nutricional (ARN). O tempo médio de internação foi de 46,7 dias, sendo significativamente maior nos neonatos ARN (67,4 dias). Na alta, 31% da amostra apresentava peso abaixo do esperado para a idade gestacional pós-concepcional (P/IGPC < -2 escore-z), sendo essa condição mais prevalente no grupo ARN (p=0,037). Na alta, a maioria dos participantes recebiam aportes calórico e proteico abaixo das recomendações. Conclusão: Os achados indicam que o risco nutricional elevado está associado a piores desfechos, como maior tempo de internação e comprometimento do estado nutricional na alta. A inadequação dietética pode ter sido um fator determinante para o ganho ponderal insatisfatório, evidenciando a necessidade de estratégias para otimizar a terapia nutricional na UTIN.
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