A Inteligência Artificial como a Extensão do Homem: uma Análise da IA Generativa sob a Ótica de McLuhan

Resumo

O presente artigo de cunho teórico-analítico busca qualificar a Inteligência Artificial Generativa (IAG) como a Extensão Mais Radical do Homem, revisitando o arcabouço conceitual de Marshall McLuhan. Partindo da premissa de que a IA se estabelece como a "principal tecnologia de uso geral do século XXI", esta pesquisa discute como a IAG, baseada em Deep Learning, configura um novo meio algorítmico que, segundo o axioma macluhaniano, é a própria mensagem que reestrutura a percepção. O trabalho se aprofunda na dialética entre a extensão cognitiva (a simbiose Humano-Máquina) e o risco da amputação de habilidades (erosão cognitiva), enfatizando que toda extensão é uma amputação. Particular atenção é dada à opacidade algorítmica do modelo black-box, que impõe a urgência da explicabilidade (XAI) e da regulação, conforme atestado no debate do PL 2.338/23. Conclui-se que a única estratégia viável é a apropriação adequada da IA, através de uma reorientação educacional focada no pensamento crítico e na Sabedoria (4D Framework), preservando o protagonismo e o julgamento humanos.