Reflexões e perspectivas das desigualdades raciais e a saúde da população negra
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v7i15.1188Palavras-chave:
Determinantes Sociais da Saúde, Saúde da população negra, Desigualdades raciais, RacismoResumo
As desigualdades raciais permeiam profundamente o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde para a população negra. Essa disparidade se reflete em diversos aspectos, desde a falta de acesso a serviços médicos adequados até a prevalência de condições de vida desfavoráveis, como moradia precária e alimentação inadequada. A interseção entre racismo estrutural e saúde resulta em taxas mais altas de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além de menor expectativa de vida para os negros em comparação com os brancos. Portanto, abordar as desigualdades raciais na saúde requer uma abordagem holística que reconheça e combata o racismo sistêmico em todas as suas formas. Este estudo propôs compreender e abordar as desigualdades raciais na saúde através das múltiplas dimensões desse problema, examinando suas raízes históricas, sociais e econômicas, bem como suas implicações para o bem-estar e a qualidade de vida dessa população. Trata-se de um ensaio teórico-reflexivo que explorou as dimensões epistemológicas de reflexões acerca das desigualdades raciais na saúde, destacando a compreensão de um determinado objeto sem a imposição de um sistema de compreensão fixo. Os autores exploraram de maneira abrangente artigos relevantes sobre o tema em bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde e a Pubmed. Os resultados deste ensaio foram apresentados em cinco categorias: Contexto histórico e social; Desigualdades no acesso aos serviços de saúde; Indicadores de saúde; Determinantes sociais da saúde; e Perspectivas e soluções. Essa análise evidenciou que as desigualdades raciais na saúde não são apenas um reflexo das condições socioeconômicas desfavoráveis, mas também são intrinsecamente ligadas ao racismo estrutural enraizado em sistemas institucionais. Diante disso, uma abordagem holística se faz necessária, não apenas para enfrentar as consequências imediatas das disparidades na saúde, mas também para desmantelar as estruturas que as perpetuam.
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